Salvador

ONDA DE CRIMES: Professor morre esfaqueado por bandidos no Barbalho

Salvador está se transformando na cidade dos crimes banais
Correio , Salvador | 27/09/2015 às 14:55
Sapato do professor sujo de sangue
Foto: Ine Manuela / Rep Correio
Um professor de segurança do trabalho morreu após ser esfaqueado em tentativa de assalto no bairro do Barbalho, em Salvador, na noite do sábado (26). O crime aconteceu na rua Aristide Ático, por volta da 23h30. Roverson do Espírito Santo Santana levava o tio em casa, após assistirem ao jogo do Bahia, quando foram convidados para tomar uma cerveja com o dono do Dis Paula Bar, amigo deles.

Na saída do estabelecimento, o professor foi abordado por um homem quando entrava em sua veículo, uma Ford Ranger. O tio de Roverson, que mora na rua e voltava para a casa a pé, viu tudo. "Eu já estava de costas, quando olhei e vi o cara correndo atrás dele com uma peixeira na mão. Ele reagiu ao assalto", contou o familiar, que preferiu não se identificar, em entrevista ao CORREIO.   

O tio de Roverson começou a gritar, buscando socorro. Foi quando os vizinhos dele apareceram na porta de casa e o assaltante fugiu. Segundo os moradores do bairro, o rapaz era pardo, usava calça jeans, camisa branca e estava com uma bolsa branca a tiracolo. 

"Quando eu ouvi que era um assalto, fui na porta e vi que ele estava atracado com o bandido", disse um morador do bairro, que também não quis se identificar. O suspeito tentou entrar em um táxi, que se recusou a parar. Então, ele fugiu a pé pela rua Rocha Leal sem levar nenhum pertence de Roverson.

O professor, que foi atingido por um golpe de peixeira na perna direita, foi socorrido pelos vizinhos do tio para o Hospital Ernesto Simões Filho. "Ele estava perdendo muito sangue e chegou até a falar: 'poxa, vou morrer'", disse um dos moradores do bairro que prestou socorro a Roverson.

A vítima, que também trabalhava fazendo carreto, deu entrada na unidade médica ainda consciente e conversando, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta da 0h50. Os vizinhos do tio de Roverson lamentaram a morte dele: "ele era uma pessoa de bem, sossegadíssimo".