Cerca de 60 toneladas de lixo e entulho foram retirados do Passeio Público para a entrega da primeira etapa dos Serviços de Conservação Preventiva desse espaço, que acontece domingo, dia 27, às 10h, com a presença do governador do Estado, Rui Costa. O serviços são do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) que passou a administrar o local, juntamente com o Palácio da Aclamação, onde já funciona a diretoria de Museus (Dimus) do órgão.
“Já retiramos mais de 40m³, que equivalem a 60 toneladas ou 60 mil quilos de entulho”, ressalta o coordenador de Conservação Predial do IPAC, Fernando Caldeira. Os dejetos foram gerados durante anos pela população frequentadora, período em que o Passeio ficou sem manutenção permanente. Algumas sobras da atual intervenção também compõem o material retirado por várias caçambas.
PEDRAS PORTUGUESAS - Já foram recuperadas calçadas em pedra portuguesa, mobiliários e bancos, restauradas estátuas e esculturas, peças artísticas em mármore de Carrara, feitas pinturas de muros, replantio de flores e arbustos, e podas de árvores. O espaço ganhou uma câmera 360° com apoio da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e Polícia Militar (PM) para salvaguarda e bem-estar dos frequentadores.
O IPAC está com equipe de 30 pessoas no local. “São oito pintores, seis pedreiros, dois carpinteiros, dois encarregados de obra, dois eletricistas, quatro jardineiros e 10 auxiliares de manutenção”, diz Fernando Caldeira. A ações integram a conservação preventiva do Passeio Público, que passará a ser local de lazer e apresentações artístico-culturais.
LAZER e CULTURA – Na entrega da primeira etapa, no domingo (27), se apresentam o Cortejo da Escola de Dança da Fundação Cultural (FUNCEB), integrando o projeto #MusEuCurtoArte do IPAC/FUNCEB, o projeto Mandinga – Ginga Mundo de capoeira, com 30 crianças e adolescentes, além da venda de caruru em homenagem ao dia de Cosme e Damião que transcorre nessa data.
O Passeio Público tem formato de parque urbano e foi criado como um horto a partir de 1810, logo depois da passagem na Bahia do príncipe-regente Dom João VI e a família real que fugiam de Lisboa, invadida pelas tropas do imperador francês, Napoleão Bonaparte. No entanto, o local sofreu mudanças drásticas ao longo de 200 anos.
No início do século XX, a área foi reduzida ao ampliarem o antigo Palacete dos Moraes, para transformá-lo na residência dos governadores baianos. Depois, na construção da Avenida Contorno, foi retirado acesso à Gamboa e construídas edificações que reduziram a vista panorâmica para Baía de Todos os Santos. Mais dados sobre eventos no Passeio na Dimus/IPAC, via telefones (71) 3117-6447 e 3117-6445. Acesse o site www.ipac.ba.gov.br, facebook ‘Ipacba Patrimônio’ e twitter ‘@ipac_ba’.