Salvador

MPT dá prazo para funcionários e shoppings sobre cobrança de vagas

MPT quer solução para o problema
Rogério Paiva , Salvador | 10/09/2015 às 18:13
Comerciários do Shopping Salvador estão estacionando dentro do mato
Foto: BJÁ
O próximo dia 2 de outubro, às 14h30, é o prazo dado pelo Ministério Público do Trabalho para que shoppings e sindicatos de trabalhadores que atuam nesses estabelecimentos cheguem a um acordo sobre a cobrança pelo uso das vagas nos seus estacionamentos. A definição do prazo final para entendimento aconteceu na tarde desta quinta-feira (10), na sede do órgão, no Corredor da Vitória, onde foi realizada a terceira rodada de negociações do processo de mediação conduzido pela procuradora Cleonice Moreira. Caso não haja acordo, o MPT estuda ingressar com ações contra cada shopping na Justiça do Trabalho.

“Conversamos bastante, ouvimos todas as partes e já chegamos inclusive a construir uma proposta a partir do que colhemos de cada lado. Portanto, existe como sair um acordo. Mas se não sair acordo, vamos encerrar esse processo e partir para ações judiciais contra cada shopping”, pontuou a procuradora, após a reunião de hoje (10). Ela salientou que nessa rodada, os sindicatos dos Comerciários e dos Bancários alegaram não ter tido tempo para consultar a categoria sobre a proposta construída na última reunião, realizada dia 26 de julho. Nela, os valores a serem praticados em todos os estabelecimentos de Salvador seria de R$75 para carros e R$45 para motos por mês. Assembleias serão convocadas para discutir o assunto.

Para o próximo encontro, dia 2, também será convocado o representante do Shopping Bela Vista, que anunciou recentemente o início da cobrança de estacionamento para clientes, o que também afeta as pessoas que trabalham no local e usam o espaço. Os shoppings Lapa e Piedade têm adotado argumentos diferentes dos demais, alegando disporem de poucas vagas e praticando valores mais altos do que os demais, inclusive para funcionários. O Shopping Paralela, até o momento é o único que vem adotando uma cobrança de mensalidade para funcionários de lojas de R$60.