Custa pouco a Prefeitura para fazer a limpeza da fonte
Tasso Franco , da redação em Salvador |
19/07/2015 às 11:57
Em vez de ponto turístico, foco de mosquitos da dengue
Foto: BJÁ
A Fonte da Graça ou fonte onde se banhava Catarina Paraguaçu, a Mãe do Brasil, nos idos de 1530, a mulher mais importante da história da Bahia está novamente abandonada. Passou por uma reforma no governo João Henrique, em 2007, graças a apelos feitos pela Associação dos Moradores da Graça (Amograça) e, de lá pra cá, foi se deteriorando e, hoje, está uma imundicie. Foco dos mosquitos da dengue.
Poderia ser um dos pontos turísticos da cidade ao lado do Mosteirinho da Graça, primeira igreja construída em Salvador, onde está sepultada Catarina e que passa por uma requalificação por parte do IPHAN. Mas, nem um; nem o outro está nos roteiros da cidade, o que é uma pena.
Primeiro porque Catarina foi a mãe do Brasil, nativa, tupinambá, casada com Diogo Álvares, o Caramuru, morador da Barra desde 1510, e constitui uma imensa familia que se espalhou pelo Nordeste e pelo país, sendo a mais influente durante 200 anos da Colônia. Não é pouca coisa.
Segundo porque foi nessa fonte que ela se banhava. Claro que não havia gradil nem prédios no seu entorno e sim uma fonte de água natural, primórdios da cidade.
Catarina está sepultada na Igreja (Mosteirinho) da Graça e sua sesmaria passada aos beneditinos envolvia áreas da Graça, Barra e Chame-Chame. O templo da graça, portanto, é beneditino.
O rio dos Seixos onde se pescava naquela época virou um esgoto na Av Centenário e, também no governo João Henrique, sepultaram-no com um jardim.
Creio que não custa muito dinheiro para a Prefeitura mandar limpar a fonte. Não só esta. A de Mário Cravo Jr, na Praça Cayru, também está lodenta. É pouca coisa a ser feita: água, sabão, pintura e zelo. (TF)
