Uma prática comum entre donos de oficinas mecânicas na região da Cidade Baixa tem prejudicado o escoamento da água das chuvas: óleo combustível está sendo despejado na rede de drenagem e nos canais, sobretudo entre as ruas Fernandes Vieira e Régis Pacheco. Oficinas dessa e de outras regiões serão fiscalizadas, sob o risco de receberem multas devido ao descarte irregular de material impróprio. As secretarias de Urbanismo (Sucom) e Manutenção (Seman) trabalham em conjunto para resolver esse problema e garantir que novas ocorrências não sejam registradas.
Conforme explica o secretário Marcílio Bastos (Seman), nas inspeções realizadas até o momento foram constatadas irregularidades referentes ao descarte de materiais como óleos e demais objetos, como peças de automóveis, madeira, borracha, entre outros. "Especificamente nesta região encontramos materiais solidificados, cuja composição tem como elemento principal o óleo combustível oriundo das oficinas. Essa prática complica ainda mais um problema pré-existente", comenta.
Ainda de acordo com o secretário, um desvio na rede de drenagem está sendo construído entre a Fernandes Vieira e a Régis Pacheco no intuito de garantir o escoamento da água da chuva por meio dos canais de drenagem. "É uma política que estamos implantando em toda a cidade, buscando desobstruir as redes pluviais e evitar alagamentos. Neste caso específico da Cidade Baixa, os trabalhos devem ser concluídos em cerca de dez dias, dependendo sempre das condições do tempo".
Fiscalização - Os responsáveis serão identificados e notificados gradativamente para que regularizem a situação do descarte e a prática seja extinta. "É preciso que ocorra esta intervenção do poder público para que a população - em especial, os donos de oficinas - se conscientize da situação e mude os hábitos que são nocivos à cidade", afirma o secretário de Manutenção.
Segundo o diretor de Fiscalização da Sucom, Murilo Aguiar, agentes do órgão devem intensificar a fiscalização na região. “Uma operação de fiscalização ambiental foi feita nesta quinta-feira (11), mas surpreendentemente mais da metade das oficinas estava fechada. Outras fiscalizações estão programas para identificar esses infratores. Dessa forma, poderemos obter mais informações sobre a situação real daquelas oficinas”, explica. Ainda de acordo com o diretor da Sucom, o objetivo principal dessa operação é verificar a natureza do descarte do óleo e demais substâncias utilizadas nas oficinas.
“Quem trabalha com resíduos como o óleo precisa descartá-lo da forma correta, utilizando equipamentos adequados para esta operação. Tudo isso será analisado e, caso haja descumprimento das normas ambientais, os empresários serão notificados para que alterem a conduta, e posteriormente serão multados em caso de insistência no erro”, conclui Murilo Aguiar. Em caso de persistência, a multa aplicada pode variar entre R$ 3 mil e R$ 5 mil.