Salvador

Postos de saúde estão preparados para atender casos suspeitos de zika

Postos de saúde da Atenção Básica
de Salvador estão preparados para atender casos suspeitos de zika vírus
SMS , Salvador | 17/05/2015 às 11:49
O Ministério Saúde confirmou na última quinta-feira (14), a circulação do zika
vírus no Brasil, com oito casos comprovados em Camaçari, na Bahia. Até o
momento, não houve confirmação positiva para nenhuma das notificações da doença
em Salvador, no entanto, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) já montou um
plano de ação para garantir qualidade e resolutividade no atendimento aos
pacientes que procurem as unidades do município com suspeita da doença.  


De acordo com Enio Soares, subcoordenador da Vigilância Epidemiológica, a
doença pode ser tratada nas unidades básicas de saúde da cidade. "Primeiro
é preciso afastar esse pânico da população. Ainda não há casos confirmados em
Salvador. Os pacientes podem ser atendidos perfeitamente nos postos da atenção
básica da rede municipal, cujos profissionais serão devidamente orientados
sobre as condutas no acolhimento de um paciente com suspeita da doença",
afirmou. Um informe técnico foi elaborado para ser distribuído para todas as
unidades da rede, monitoradas e orientadas pela vigilância epidemiológica. 


Sintomas e tratamento


O Ministério da Saúde afirmou que já  trabalhava com a possibilidade de entrada
do vírus no Brasil em razão do alto fluxo de turistas estrangeiros durante a
Copa do Mundo, no ano passado, e ratificou que o zika tem evolução benigna. Mas,
de acordo com o governo federal, a preocupação continua sendo com a dengue e
febre chikungunya.


"Não há necessidade de buscas em hospitais ou unidades de emergência por
tratar-se de uma doença viral que na maioria das vezes passa sozinha, em geral,
após até sete dias. Os sintomas do zika vírus são os mesmos da dengue como
dores nas articulações, febre, cefaléia e vermelhidão na pele, mas a doença não
evolui para forma hemorrágica. O tratamento é baseado no uso de paracetamol
para febre e dor. Todos os nossos profissionais de saúde da rede estão
qualificados para atender a população, então não existe motivos para pânico.
Quem sentir os sintomas pode procurar a unidade básica mais próxima da sua
casa", afirmou Maria Ilma Araújo, médica da secretaria municipal da saúde,
umas das responsáveis pela elaboração da nota técnica aos demais profissionais
da rede. A médica destacou ainda que a falta de informação tem gerado uma busca
desenfreada às unidades de urgência do município, provocando uma superlotação
desnecessária. "As pessoas já estão fragilizadas devido aos desconfortos
da doença e ainda se submetem a ficarem horas nas filas por acharem que apenas
aquela unidade está apta para seu caso, o que não é verdade. Os pacientes também
são tratados nos postos de saúde", concluiu.


Combate à doença 


A transmissão do zika vírus se dá por meio da picada do mosquito Aedes Aegypti
ou Aegypti albopictus e o combate à doença é o mesmo no enfrentamento da dengue
e chikungunya. Por isso, os agentes de endemias do Centro de Controle de
Zoonoses (CCZ) têm intensificando as ações de bloqueio para detectar, combater
e eliminar possíveis focos dos mosquitos nas regiões onde há elevado índice de
infestação na cidade, além das ações de rotina como as visitas casa a casa e
orientações aos moradores. A intensificação das atividades desde o ano passado
ajudou a reduzir em 83% o número de casos confirmados de dengue em Salvador,
comparados os anos de 2014 e 2015. Sobre chikungunya, a doença está controlada.
Os casos, em sua grande maioria, são importados de Feira de Santana e Riachão
do Jacuípe.