vide
Da Redação , Salvador |
16/04/2015 às 19:55
Uma das principais atividades de fiscalização da Transalvador, a blitz de alcoolemia,
está sendo maquiada pelo órgão. Apesar de toda estrutura montada, os agentes
estão sem os chamados etilômetros, popularmente conhecidos como bafômetros.
Diante da ausência dos equipamentos, que já se arrasta por mais de dois meses,
os condutores são liberados sem realizar os testes que mostram a quantidade de
álcool ingerido e determinam a infração de trânsito.
A denúncia é do Sindicato dos Servidores de Trânsito e Transportes do Município de
Salvador e Região Metropolitana – SINDTTRANS, que considera esta situação
extremamente grave. “A prefeitura está maquiando as blitzes. Isso além de ser
uma situação esdrúxula, põe em risco a vida dos usuários das vias, já que não retira
das ruas os condutores embriagados”, explica o presidente do sindicato, Pedro
Pires.
Além da situação das blitzes, o sindicato afirma que os agentes da Transalvador estão
encontrando dificuldades para fazer apreensão de carros estacionados em local
indevidos, já que o pátio do órgão nos Barris não comporta mais veículos e é
comum a determinação da Gerência de Trânsito em evitar a remoção e a apreensão
de carros na cidade. “O cidadão que tem sua garagem bloqueada ou o pedestre que
fica impedido de transitar na calçada são as vítimas mais comuns desse
descaso”, frisa o diretor.
Segundo o sindicato, o órgão não faz investimentos para a ampliação dos pátios e, dessa
forma, cria as condições para justificar uma terceirização que, no modelo em
curso, manterá para a empresa quase 80% do valor do custo de apreensão e
custodia dos veículos. “Isso é, no mínimo, suspeito. A prefeitura precarizou ao
máximo com o objetivo claro de repassar esta fonte para empresas terceirizadas,
que vão lucrar bastante com este modelo de gestão”, questiona Pedro.