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Agecom , da redação em Salvador |
09/03/2015 às 22:06
A oportunidade de levar as demandas dos adolescentes de bairros mais carentes de Salvador e a possibilidade de criar novas oportunidades como forma de prepará-los para o mercado de trabalho. Esta é uma das propostas de Gabriel Damasceno, 15 anos, que esteve presente nesta segunda-feira (9), no Centro Cultural da Câmara, na abertura dos encontros preparatórios para a IX Conferência Municipal dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente, a ser realizada nos dias 16 e 17 de abril.
Gabriel foi eleito delegado representante dos adolescentes do bairro de Brotas para a Conferência. “É a primeira vez que participo dessa ação e quero levar a voz da minha comunidade. Pretendo atrair mais jovens para que, juntos, possamos trazer para nossa realidade os resultados”, afirmou. O jovem atua na Retalho de Esperança Diante da Exclusão (Rede), em Brotas, projeto voltado para jovens pobres e sem oportunidades e que aposta na troca de experiências e multiplicação dos saberes.
Para Rodrigo Alves, presidente do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente, órgão ligado a Secretaria Municipal de promoção Social, Esporte e Combate a Pobreza (Semps) e promotor do evento, esta etapa é uma importante oportunidade de o poder público estar próximo da população. “É essencial que estas pessoas possam participar ativamente na construção das políticas públicas para criança e adolescente do município”, destacou.
As pré-conferências serão realizadas nas dez regiões administrativas da cidade até sexta-feira (13). As atividades são preparatórias para a IX Conferência e acontece em forma de palestras e discussões com a comunidade, representantes de cada território, órgãos governamentais e não-governamentais. Os participantes têm como responsabilidade aprovar o regimento da Conferência, as propostas levantadas durante a Conferência e também participar da indicação dos representantes que vão para as conferências territoriais.
Participação – Para que a Conferência tenha resultados que atendam as demandas reais da sociedade, é importante a participação. O presidente da comissão organizadora da IX Conferência, Altair Honorato, ressalta que é a sociedade civil que dá o tom da discussão e da implementação do trabalho, aproveitando para convocar a todos para esta etapa. “Cada um é parte importante neste processo, vocês são os atores, é o nosso momento de dar a colaboração e trazer a leitura da realidade do bairro”.
Exemplificando a importância da participação popular como forma de levar as demandas de cada território, Cícero Melo, líder da Associação dos Moradores e Amigos do Centro Histórico (Amac), destaca que, no Centro Histórico, o objetivo principal da luta dos moradores é retirar as crianças da rua. “Temos muitas crianças abandonadas e que amanhã serão adultos. Precisamos discutir e encontrar soluções para existe problema”.