Salvador

Artistas e professores se manifestam contra fechamento Ceart Amaralina

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Ceart Amaralina , Salvador | 02/01/2015 às 15:47
Professores, artistas e diversos agentes sócio-culturais se manifestam nas redes sociais e empreendem uma petição pública contra o fechamento do Centro Municipal de Arte, Educação e Cultura Mário Gusmão. O Centro de Arte localizado na Amaralina, que funciona desde 2005, recebeu a notícia do seu fechamento pela Secretaria Municipal de Educação. Desde então professores da Rede em geral empreenderam uma série de ações que contam com mobilizações nas mídias sociais e uma petição publica na internet pelo www.peticaopublica.com.br - "Diga não ao fechamento do Ceart Mário Gusmão".

Já se pronunciaram publicamente a cantora e historiadora Juliana Ribeiro, que escreveu que continuará na luta contra o fechamento do Ceart. "Um centro de arte como o CEART vai além vai além da função de formação artística, é um local onde se formam cidadãos, onde se abrem nossas perspectivas onde novas oportunidades de pensamento são acessadas", pontuou. A atriz Rita Assemany também se manifestou contrária à decisão de fechamento do Ceart Mário Gusmão. "O momento seria de abrir novos centros culturais, jamais fechar os poucos que ainda temos. Em respeito aos professores, alunos e a cidade de Salvador: não ao fechamento do Ceart Mário Gusmão", defendeu. 

As atividades da unidade são realizadas dentro das escolas municipais de Salvador e já atendeu cerca de 40 mil alunos, com oficinas de teatro, música, literatura, artes visuais e dança. Todas as aulas têm como pano de fundo um tema transversal que em 2013 desenvolveu as atividades em torno da Cultura da Paz e esse ano foi a Lei 10.639, - que defende a obrigatoriedade do ensino da cultura afrobrasileira nas escolas e identidade étnica. 

O produtor artístico Osmarosman Aedo também defende ainda a continuidade da homenagem ao ator e dançarino Mário Gusmão. O Centro está localizado na praia em que ele esteve antes de morrer, em Amaralina e faz jus à sua luta pelo direito de fazer arte, mesmo sendo negro e pobre e ser respeitado como tal.