Em tom firme, o chefe do Kremlin advertiu que "o conflito provocado pelo Ocidente na Ucrânia adquiriu elementos de caráter mundial".
Tasso Franco , da redação em Salvador |
22/11/2024 às 10:06
Missil da Rússia que atingiu a Ucrânia
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Horas depois de a Ucrânia ter denunciado o lançamento sem precedentes de um míssil balístico intercontinental (ICBM) contra o seu terrório, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, elevou a retórica e avisou: "Nós consideramos que temos o direito de usar nossas armas contra instalações militares daqueles países que permitam usar seus armamentos contra nossas instalações". Em tom firme, o chefe do Kremlin advertiu que "o conflito provocado pelo Ocidente na Ucrânia adquiriu elementos de caráter mundial".
Foi uma menção ao fato de o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter autorizado o governo de Kiev a usar o ATACMS, um sistema de mísseis de longo alcance, contra a Rússia. Na terça-feira (19/11), a Ucrânia atacou um depósito de munições na região russa de Bryansk, 247km a noroeste da cidade de Kursk, onde estão mobilizados cerca de 11 mil soldados da Coreia do Norte.
Putin explicou que suas forças usaram um míssil balístico de médio alcance, um artefato diferente do ICBM. "Neste caso, foi um míssil balístico em equipamento hipersônico não nuclear. Nossos engenheiros o chamaram de 'Oreshnik'. Os testes foram bem-sucedidos. A meta de lançamento foi alcançada", declarou, em discurso à nação.
Ele acrescentou que o ataque teve como alvo "um local do complexo militar-industrial ucraniano". "Não há meio de se contrapor a este tipo de armas. Os mísseis atacam alvos com uma velocidade de Mach 10, isto é, de 2,5 a 3 km/s. Os sistemas de defesa antiaérea atualmente disponíveis no mundo e os sistemas de defesa antimísseis criados pelos americanos na Europa não interceptam estes mísseis."