Disputa intensa na base governista para a escolha do candidato (a) único (a) a prefeito (a) da capital da base governista pode ser decidida por Lula
E isso, a construção de uma candidatura única ainda depende de reuniões, debates e dos outros dois mayorais do petismo baiano, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o governador Jerônimo Rodrigues, que é o comandante do processo.
De toda sorte, Wagner deu fôlego a pré-candidatura de Robinson, ainda que a outra pré-candidata da Federação (PT-PCdoB e PV), deputada Olivia Santana (PCdoB), tenha postado no X que o caciquismo (diz que não usa essa expressão em consideração aos indígenas, ainda que na Bahia nunca teve caciques e índios e sim mayorais e tupinambás) defende à sua pré-candidatura e abomina possíveis decisões que possam sair dos coletes, como, aliás, aconteceu com o nome de Denice Santiago a major PM que se candidatou pelo PT em 2020 nome imposto por Rui Costa.
Ora, Olivia, está confiante e tem motivos para isso uma vez que foi a deputada mais votada na capital, em 2022, para deputada estadual e eleita no estado com mais de 90 mil votos, portanto, a candidata que tem mais densidade eleitoral.
Na política, no entanto, ainda predomina o caciquismo em todos os partidos, inclusive no PCdoB, e isso a própria Olivia fala no seu livro "Mulher Preta ma Politica" e a decisão do candiato (a) da base governista a prefeito (a) da capital será nesse tom. Não há dúvida disso. Assim foi com Denice, com Rui e com Jerônimo.
O que estamos depreendendo do momento político na base governista é que o PT já colocou nomes na disputa nos maiores colégios eleitores da Bahia, no interior, em Feira de Santana e Vitória da Conquista, e quer fazer o mesmo em Salvador e temos que considerar que Wagner tem um peso significativo embora não seja o comandante do processo e quando observamos que se houver uma aliança Rui + Jerônimo ele não tem como competir.
E vimos isso quando ele tentou ser o candidato a governador, em 2022. Agora, um pouco diferente, porque a decisão final passa pelo colegiado e outros nomes como os de Otto Alencar (PSD), Lidice da Mata (PSB), Ronaldo Carleto (Avante) e Lúcio Vieira Lima (MDB) serão ouvidos. Mas, convenhamos: os pesos de Rui e Jerônimo se somados são majoritários, ambos com canetas poderosas.
O que também nos parece é que Olivia está isolada e só tem o apoio do seu partido, salvo melhor juizo, e se ela não tiver o apoio dos lideres partidos (no conjunto da base) sua pré-candidatura não decolará como candidata única.
Ora, houve uma forte reação quando o nome do vice-governador, Geraldo Jr, foi pré-lançado pelo site Politica Livre dando a informação de que o martelo comandado por Jerônimo tinha batido em sua direção, reações sobretudo de Olivia (a mais dura) e de Robinson, sendo que Lidice também opinou dizendo que ele (Geraldo Jr) tem o direito de ser pré-candidato e só.
Nesse caso, é de se admitir, que sendo Olivia ou Robinson o candidato da base, Geraldo também tem o direito de sentar à pua em ambos e, se quiser, ser educado politicamente cruzando os braços.
O lider do MDB, Geddel Vieira Lima, partido de Geraldo Jr, já deixou claro isso quando afirmou que o momento não é de se repetir erros do passado como foi o caso de Denice Santiago. Parece-nos que, ele vê a pré-candidatura de Robinson nesta direção.
Também nos configura que diante de situação tão complicada na escolha do candidato da base governista a disputar a Prefeitura de Salvador o assunto cairá no colo do presidente Lula. Vimos isso quando da última eleição para governador na imposição de Rui em colocar Jerônimo e rifar Wagner e agora estamos observando que a decisão sobre Salvador passará por Lula.