Política

GUERRA EM ISRAEL/GAZA: INFORMAÇÃO E CONTRA-INFORMAÇÃO E HOSP AL-AHLI

Com Le Monde, Washington Post e Globo.com um giro sobre a guerra
Tasso Franco , Salvador | 19/10/2023 às 09:15
Hospital de Gaza não foi destruído e sim uma área
Foto: AFP
   Segundo o Le Monde, dois dias depois da explosão de terça-feira, 17 de Outubro, em frente ao hospital Al-Ahli, em Gaza, que provocou uma onda de indignação no mundo árabe, palestinianos e israelitas continuam a culpar-se mutuamente por esta tragédia que causou numerosas vítimas civis.

Vários vídeos da explosão e dos segundos que a precederam, transmitidos nomeadamente pelo canal Al-Jazeera, foram estudados por numerosos especialistas militares. Estas imagens mostram uma salva de foguetes, disparados do território palestino, na escuridão da noite, às 18h59, horário local. Um deles explodiu em voo sem que o motivo fosse claramente identificado e, poucos segundos depois, uma primeira explosão apareceu no solo, seguida de uma segunda, localizada no hospital Al-Ahli.

Imagens dos estragos causados ​​pela explosão, tiradas no dia seguinte, durante o dia, também foram publicadas nas redes sociais. Mostram um buraco de diâmetro e profundidade limitados, no estacionamento do hospital, correspondente ao suposto ponto de impacto do projétil que explodiu. Carros queimados aparecem por toda parte, mas o perímetro dos danos parece relativamente limitado e os edifícios dos hospitais parecem geralmente preservados.

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, chegou a Israel na quinta-feira 

(WASHINGTON POST) O mais recente líder ocidental a visitar o país esta semana, numa demonstração de apoio às autoridades israelitas e para discutir a ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O presidente Biden, que visitou Israel na quarta-feira, disse que um ataque a um hospital de Gaza parecia vir de um “foguete errante disparado por um grupo terrorista em Gaza”, ecoando a posição das Forças de Defesa de Israel sobre o incidente. As autoridades palestinas atribuíram a culpa do ataque a Israel e disseram que ele matou 471 pessoas – um número de mortos que as FDI contestam. 

O Washington Post não conseguiu verificar imediatamente a afirmação de nenhum dos lados. No seu regresso a Washington, Biden disse que o Egipto permitiria que até 20 camiões com ajuda passassem pela fronteira de Rafah para Gaza, numa altura em que o enclave enfrenta uma crise humanitária cada vez mais grave.

Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, disse que o governo dos EUA avaliou que Israel “não era responsável” pela explosão no hospital de Gaza, citando “inteligência, atividade de mísseis, imagens aéreas e vídeos e imagens de código aberto do incidente”. Ela acrescentou que os Estados Unidos estão trabalhando para determinar se a Jihad Islâmica Palestina, um grupo militante menor, está envolvida.

A crise humanitária em Gaza está a piorar durante o cerco israelita, disseram agências de ajuda humanitária. Durante um discurso na quarta-feira em que pediu moderação enquanto as FDI respondem ao ataque do Hamas em 7 de outubro, Biden anunciou US$ 100 milhões em assistência humanitária a Gaza e à Cisjordânia.

Número de mortos palestinos sobe para 3.785; total de vítimas na guerra passa de 5 mil
O Ministério da Saúde de Gaza informou que o número de palestinos mortos desde o começo da guerra subiu para 3.785.

Dessa forma, o número de mortos na guerra em Gaza chegou a 5.187, considerando também os 1.402 israelenses.
Além desses, 65 pessoas foram mortas na Cisjordânia.


(O GLOBO.COM)

Guerra será longa', diz Netanyahu

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira (19) que a guerra que seu país trava contra o Hamas será longa.

"Esta é a guerra moderna contra os bárbaros, os piores do planeta. Será uma guerra longa", disse Netanyahu, durante pronunciamento ao lado do premiê britânico, Rishi Sunak, que visita Israel nesta quinta.

Israel mata Jehad Mhesein, chefe de forças de segurança do Hamas, diz agência de notícia ligada ao grupo terrorista
A agência de notícias ligada ao Hamas informou nesta quinta-feira (19) que Israel matou Jehad Mhesein, chefe de forças de segurança do Hamas. Os membros da família de Mhesein também foram mortos.

Mais cedo, as Forças de Defesa de Israel anunciaram a morte de um dos chefes de um grupo radical conhecido como Comitês de Resistência Popular (CRP), na Faixa de Gaza.

Há 2 horas

Jamila al-Shanti, viúva de fundador do Hamas, é assassinada, diz imprensa israelense
A imprensa israelense informou nesta quinta-feira (19) que Jamila al-Shanti, viúva de fundador do Hamas, foi morta em um ataque israelense na Faixa de Gaza. Ela fazia parte do alto escalão do grupo extremista.

Até o momento, não há confirmação de como aconteceu o assassinato.

Abdel Aziz al-Rantisi, o fundador do Hamas, foi morto em 2004, em um ataque aéreo ao seu carro.