O presidente em exercício da Assembleia Legislativa da Bahia - ALBA, deputado Paulo Rangel lamentou, nesta sexta-feira (4.03), a morte do jornalista baiano Neomar Cidade, aos 78 anos, ocorrida ontem, no Hospital da Bahia, em Salvador.
“Neomar Cidade acompanhava de perto a política baiana desde os seus tempos de Diário de Notícias, depois A Tarde, Correio da Bahia, Tribuna da Bahia e, por último, como editor do site Notícia Livre. Era mais de meio século dedicado diariamente ao Jornalismo, como repórter, redator, editor e secretário de redação”, destacou o chefe interino do Legislativo baiano, protocolando Moção de Pesar junto à Mesa Diretora da ALBA, com votos de condolências para a esposa Vera Lucia, os filhos Eliemar, Nelson, Maria Goreth e Nelma, e para os netos Ágata, Gabriele, Marcelo, Maria Eduarda, Márcia e Isabele.
Neomar foi também editor da revista Bahia em Foco e do jornal impresso Bahia Notícias. Assessor de imprensa de órgãos como a Secretaria de Finanças da Prefeitura de Salvador, Centro Industrial de Aratu, Desenvale, Fundac, Assembleia Legislativa, Prefeitura de Lauro de Freitas, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, entre outros.
Neomar era reconhecido como um grande digitador, provavelmente por ter sido também pianista. Ele escrevia as suas reportagens sem olhar para as teclas, assoviando. Enquanto datilografava com absurda rapidez, conversava, olhando para os lados.
“Ele parecia um mágico.
Às vezes faltava luz em Salvador. De repente, em plena escuridão, na Redação do Diário de Notícias, lá pelos idos dos anos 1960, soava o bater ritmado de uma máquina de escrever veloz, parecendo a ação de um fantasma. Era Neomar Cidade, escrevendo as suas matérias sem luz nenhuma. O grupinho de jornalistas, que contava histórias de terror durante o apagão, ficava puto-da-vida e começava a jogar coisas em Neomar. Eram bolinhas duras de papel, canetas, etc, até que ele parava de nos humilhar.
Mas hoje, quando falta luz, Neomar me faz alegre e risonho. Lembro de épocas quase inocentes da minha vida profissional na Bahia”, rememorou, em crônica, o jornalista Renato Ariella.