Wagner será candidato a governador; Otto ao Senado; e PP indicará nome a vice-governador, palpita Adolfo Menezes
Tasso Franco , Salvador |
07/12/2021 às 16:19
Opinião pessoal do presidente da Assembleia
Foto: BJÁ
Em almoço de final de ano com jornalistas da área política, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Adolfo Menezes (PSD), disse nesta terça-feira, 7, em opinião pessoal, que a chapa da base aliada do governo para 2022 será Jaques Wagner (PT), a governador; Otto Alencar, ao Senado (PSD); e um nome do PP a vice-governador a ser decidido por este partido. Segundo Adolfo, Rui Costa permanecerá no governo até o final do mandado, em 31 de dezembro de 2022.
Perguntado se já teria conversado com o governador Rui sobre a sucessão afirmou que não, "o governador não tratou desse assunto e estou dando minha opinião pessoal, apenas". Adolfo acrescenta que, no seu entendimento, não haverá dissidências na base governista. "A deputada Lidice da Mata (PSB) merece todo o respeito, o deputado Daniel Almeida (PCdoB), também, mas a vez será novamente de Wagner".
Sobre uma provável indicação do nome de João Leão para governador o presidente da Assembleia não acredita nessa hipótese e muito menos na indicação de Otto Alencar. "Ele (Otto) já disse que não quer ser executivo e Leão, nem os 9 meses de governo terá porque Rui vai ficar até o final do seu mandato e já disse que não vê nenhum sacrifício nisso", frisou.
Sobre a posição do senador Angelo Coronel, o qual não tem acompanhado o governador Rui Costa pelo interior da Bahia, Adolfo não acredita que ele possa ser um dissidente. "É uma pessoa sempre alegre e deve agradecer ao grupo em ser senador da República", comentou.
ADOLFO SE CANDIDATARÁ
A DEPUTADO ESTADUAL
"Vou seguir com o grupo comandado pelo governador Rui Costa que é um excelente gestor, o que mais tem investido na Bahia (e no Brasil) e tem muitas obras em andamento e a serem inauguradas e estou tranquilo em relação a minha posição política e ao que quero, embora ainda vá rolar muita água embaixo da ponte", comentou.
"Ser senador! também hostaria, mas não dá. Vou me recandidatar a deputado estadual", afiançou.
Para Adolfo, Rui no comando do governo até o final vai ajudar e muito e nosso grupo está unido. Perguntado sobre a área de segurança onde há muitas criticas ao governo disse que a culpa não é de Rui e sim de um contexto nacional, sendo um assunto muito complexo onde não se pode atribuir mazelas ao governador. "As drogas estão espalhadas em todos os lugares na Bahia e no Brasil e o que, antes, era restrito à capital agora está em todo interior", frisou.
Crítico do governo Bolsonaro, Adolfo comenta que o presidente não manda mais em nada e o Centrão é quem conduz o orçamento secreto. Acha, no entanto, que a eleição presidencial de 2022 será polarizada entre Bolsonaro x Lula e que não haverá uma terceira via competitiva, assim como acha que a candidatura João Roma a governador da Bahia atrapalhará ACM Neto.
Sobre a relação novo (ACM Neto) x velho (Jaques Wagner) entende que a campanha de 2022, na Bahia, se dará em torno de ideias e não de idades.
