Trabalhar na Caixa Econômica Federal é o sonho de muitos brasileiros, mas para ingressar na instituição é necessário ser aprovado em concurso público. Em 2014, a Caixa realizou concurso para a formação de cadastro reserva para o cargo de técnico bancário. Surgiram muitas denúncias de que o banco estaria preterindo a nomeação de aprovados no concurso para contratar mão de obra terceirizada. Diante disso, o deputado federal Ronaldo Carletto (PP) apresentou um Requerimento, solicitando informações à Caixa Econômica Federal com o objetivo de obter esclarecimentos relativos ao concurso público realizado no ano de 2014.
A instituição financeira informou que, até o final do ano passado, já haviam sido convocados 7.377 aprovados no referido concurso. Porém a comissão de aprovados contesta esses dados e afirma que houve apenas 5.300 contratações de concursados e que mais de duas mil dessas contratações não teriam obedecido a ordem de classificação. Tudo isso resultou no ajuizamento de uma ação civil pública pelo Ministério Público do Trabalho.
Ronaldo Carletto ressaltou a realização de vários planos de demissão voluntária (PDV) que foram promovidos pela Caixa e que já teriam acarretado um déficit de milhares de empregados, sem que tivesse sido efetivada a devida e necessária reposição. “Estima-se que, durante a pandemia, mais de cem milhões de brasileiros tenham passado pelas agências da Caixa mensalmente. Com isso, foram estabelecidas metas abusivas e jornadas estafantes para os empregados, provocando, em decorrência, um aumento significativo nos casos de doenças e acidentes de trabalho. A contratação dos concursados contribuirá para uma melhora no atendimento do cidadão e para o fortalecimento da instituição, principalmente em face da sua atuação como o mais importante banco social do País, assim como terá importância fundamental na melhoria das condições de trabalho dos economiários”, destacou o parlamentar.