Política

ALBA participa de celebrações 172 anos de nascimento de Castro Alves

Para chefe do legislativo, importância do poeta tem que ser “reavivada”
NMJ , Salvador | 14/03/2019 às 19:38
Presidente da Assembleia, em Cabeceiras do Paraguaçu
Foto: ALBA

 
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA, deputado estadual Nelson Leal, diz que fez questão, como chefe do Legislativo baiano, de visitar hoje (14.03) a cidade de Cabaceiras do Paraguaçu, no Recôncavo baiano, para celebrar os 172 anos de nascimento do poeta Castro Alves, o filho mais ilustre da cidade e um dos grandes expoentes da cultura brasileira. “Tragédias como a de ontem, em Suzano/SP, também são motivadas pela falta de referência da juventude. A comunicação de massa e a indústria do espetáculo cultuam os ídolos pop, mas se esquecem de figuras como a de Castro Alves. Em um outro país, seria lugar de peregrinação onde o autor de Navio Negreiro nasceu. Precisamos reavivar a memória dele e de outros grandes nomes da nossa arte e da nossa cultura”, propõe Leal.

            O presidente se comprometeu a reeditar, pelo selo ALBA Cultural, as obras completas do poeta baiano. “No ano que vem, no dia 14 de março, nos 173 anos de Castro Alves, voltaremos a Cabeceiras para lançar esta obra no Parque Histórico. Vou pedir ao jornalista Paulo Bina, coordenador do ALBA Cultural, que tome as providências, junto com a diretora do Parque, Diogenisa Oliva, para que a reedição seja preparada. Será a contribuição da Assembleia Legislativa para essa tarefa de reavivamento da memória e do culto literário ao nosso grande gênio nascido na Fazenda Cabaceiras, autor de ‘Espumas Flutuantes’, ‘Vozes D’África’ e ‘O Navio Negreiro’”, anunciou o chefe do Legislativo baiano.

Recepcionado pelo prefeito de Cabaceiras do Paraguaçu, Abel Silva, o chefe do Legislativo participou de diversas atividades no Parque Histórico Castro Alves, local onde nasceu o poeta baiano, em 1847. Entre elas, as premiações do 180 Festival de Declamação de Poemas e o 5º Festival Infantil de Declamação de Poemas de Castro Alves, e a abertura da exposição de artes plásticas, intitulada “Aurora”,  do pintor Denissena. “Fico muito feliz em participar dessa celebração a Castro Alves, que foi um grande defensor da liberdade. Lembro-me dos versos de ‘O povo ao poder’: ‘A praça é do povo, como o céu é do condor; é o antro onde a liberdade cria águias seu calor‘. E a liberdade é o nosso direito mais caro”, lembrou o presidente da ALBA.

LÍRICO E ÉPICO

Neto do herói das lutas pela Independência da Bahia, o Major Silva Castro, o "Periquitão", Antônio Frederico de Castro Alves nasceu na Fazenda Cabaceiras, na então Freguesia de Curralinho, da Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira, em 14 de março de 1847, e faleceu em Salvador no dia 6 de julho de 1871. No dizer de Afrânio Peixoto, "foi o maior poeta brasileiro, lírico e épico", autor de clássicos como “Espumas Flutuantes”, conhecido como o "poeta dos escravos", e integrante do movimento literário chamado Romantismo. Ao lado de Luís Gama, Nabuco, Ruy e José do Patrocínio, destacou-se na campanha abolicionista.


 14.03.2019