Política

DEPUTADA LIDICE DA MATA CONDENA ATO DE AGRESSÃO NA CAIXA FEDERAL

Caixa precisa emitir uma nota oficial sobre o caso (Com informações da Ascom LM e de A Tarde)
Da Redação , Salvador | 26/02/2019 às 12:05
Video divulgado pela filha de Terral
Foto: REP VIDEO
A deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA) condenou o episódio ocorrido no último dia 19, quando o cidadão Crispim Terral foi "agredido e vítima de racismo na agência da Caixa Econômica Federal do Relógio de São Pedro, em Salvador". 

Em suas redes sociais, a parlamentar classificou o episódio como triste e absurdo e cobrou investigação e punição para as pessoas envolvidas. 

“É lamentável, triste e absurdo o que ocorreu na agência da Caixa Econômica Federal no último dia 19, onde um cidadão foi vítima de  todos os tipos de racismo, desde o institucional até o físico. É preciso que a Caixa apure esse episódio que macula a imagem da instituição e nos envergonha a todos. Também se faz necessária uma apuração mais rigorosa da Corregedoria da Polícia Militar, pois isso definitivamente não é o comportamento  que se espera da corporação. Lamentável ver um cidadão ser humilhado na frente da sua filha, uma menor de 15 anos. Racismo é crime inafiançável previsto na Constituição”, disse.

NAS REDES SOCIAIS

De acordo com a publicação de Crispim Terral, de 34 anos, o caso aconteceu no dia 19 deste mês. Ele teria ido à agência solicitar um comprovante de pagamento de dois cheques pagos pela Caixa.

Terral relata que o gerente do banco o deixou esperando por mais de quatro horas. "Fui surpreendido mais uma vez pelo senhor Mauro, gerente responsável pela minha conta naquele momento, que me atendeu de forma indiferente enquanto me deixou esperando na sua mesa por quatro horas e quarenta e sete minutos e foi atender outras pessoas em outra mesa", diz na publicação.

Ainda segundo a denúncia, Crispim informa que foi para a mesa de outro gerente, que teria chamado a guarnição da polícia. Quando os policiais avisaram que ambos teriam que se dirigir à delegacia, foi exigido que Terral fosse algemado.

No vídeo, gravado pela filha mais nova de Crispim, é possível ver um policial imobilizando-o. EM nota, a Polícia Militar da Bahia (PMBA) informou que policiais abordaram Terral e solicitaram que ele acompanhasse a equipe, após se recusar a deixar a agência depois do término do expediente.

Ainda segundo a PMBA, a guarnição precisou "empregar a força proporcional para fazer cumprir a ordem legal exarada" através de uma "condução técnica dos policiais militares na ação".

Crispim Terral foi conduzido para a Central de Flagrantes, onde foi autuado por desobediência e resistência.

O Portal A TARDE tentou contato com a assessoria da Caixa Econômica Federal, mas ainda não teve resposta.