Política

Imbassahy vê aliança Aezão, no Rio, como tendência nacional PSDB/PMDB

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Da Redação , da redação em Salvador | 24/06/2014 às 11:02
Dilma perde Cabral e Pezão no Rio e PT minimiza
Foto: Globo
RASÍLIA E SÃO PAULO — Apesar de mais um revés no Rio, com a perda de espaço para a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, o Palácio do Planalto e a direção nacional do PT tentaram minimizar o problema, dando um caráter regional à aliança formal do PMDB com os tucanos no estado. 

A presidente Dilma Rousseff e o comando de sua campanha à reeleição não foram comunicados previamente da entrada do vereador Cesar Maia (DEM) na chapa do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Embora o entorno de Dilma ainda se escore na promessa de Pezão, do ex-governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes de que farão campanha para ela, há quem ache que, na prática, isso não vai acontecer:

- Eu duvido. Depois dessa aí, já era. É um casamento em que os dois moram juntos, mas não têm mais nada a ver. Acabou o clima - disse o deputado federal Edson Santos (PT-RJ).

O vice-prefeito do Rio, Adilson Pires (PT), disse que parte do PMDB fluminense está com Dilma.

- A começar pelo prefeito Eduardo Paes, temos do nosso lado muitos prefeitos do PMDB do Estado do Rio, como o prefeito de Caxias, Alexandre Cardoso - disse Adilson Pires, que preferiu não "bater" na aliança anunciada pelo governador Pezão com Cesar Maia.

Para Alberto Cantalice, vice-presidente nacional do PT e ex-presidente do partido no Rio, o fato de o governador Pezão viabilizar palanque de Aécio no Rio, "faz parte do pragmatismo da política", mas lembrou que Dilma vai contar com o apoio de vários prefeitos peemedebistas, independentemente da orientação de Pezão.

IMBASSAHY OPINA

O Líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy (BA), avalia que a aliança Aezão, no Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral do país, fortalece a candidatura de Aécio Neves nacionalmente e reflete que o alinhamento dos partidos em torno do nome do tucano nos Estados também é movido pelo sentimento de mudança.

A adesão do DEM, PSDBe PPS na coligação do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), que concorrerá à reeleição, foi anunciada ontem. O ex-governador Sérgio Cabral abriu mão da candidatura ao Senado em favor de César Maia, do DEM. A aliança consolida o movimento Aezão, criado por peemedebistas para pedir votos a Aécio e Pezão. 

Segundo Imbassahy, Aécio foi o maior beneficiado, em detrimento da candidata Dilma. “A aliança garantirá a Aécio o apoio e a estrutura de 18 partidos no Estado que é o terceiro maior colégio eleitoral. A candidatura de Dilma é a grande prejudicada, já que perdeu o palanque do PMDB, que é seu aliado de primeira hora no plano nacional, e o do PT está enfraquecido e dividido”, afirmou o Líder do PSDB.

Segundo Imbassahy, a formação de aliança nos Estados com a participação de partidos da base da presidente Dilma é uma prova real do enfraquecimento da candidatura petista e também indica que o nome de Aécio é o mais identificado com o desejo de mudança dos brasileiros, captado em todas as pesquisas.

“A queda da candidata Dilma nas pesquisas, o aumento da desaprovação ao seu governo e a consolidação do desejo de mudança fazem com que os partidos se realinhem nos Estados, independente da coligação nacional. A aliança Aezão, no Rio, não é um caso isolado, mas confirma uma tendência. Vejam que aqui na Bahia, a chapa de oposição também reúne o DEM, o PSDB e o PMDB, cujo lema principal é a mudança”, afirmou Imbassahy.