Política

Sem Dilma, PT confirma Padilha como candidato ao governo de SP

Presidente não compareceu por motivos de saúde, segundo o partido.
Lula esteve no evento realizado na capital paulista
G1 , SP | 15/06/2014 às 15:41
Padilha ao lado do ex-presidente Lula e da mulher, Thássia Alves
Foto: Daniel Teixeira
O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha foi confirmado na manhã deste domingo (15) como candidato do PT ao governo de São Paulo. A convenção foi realizada no ginásio da Portuguesa, na capital paulista, e teve uma votação simbólica dos presentes para apontar Padilha oficialmente como o escolhido do partido para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. O nome do vice ainda não foi definido.
O evento teve a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas não contou com  presidente Dilma Rousseff, que cancelou a viagem na tarde de sábado (14) por motivos de saúde, segundo a l

No entanto, a presidente foi lembrada em diversos momentos. Em um vídeo exibido no evento, Dilma falou que os paulistas querem uma chance de mudanças e citou o problema de desabastecimento do Sistema Cantareira, tema que deverá ser bastante explorado por Padilha. "São Paulo não pode mais confiar em volume morto. Você, Padilha, é volume vivo", afirmou a presidente.

Depois, vários petistas exaltaram a presidente e criticaram o fato de ela ter sido alvo de xingamentos na abertura da Copa do Mundo na Arena Corinthians, em São Paulo. O ex-presidente Lula criticou a postura da torcida e os insultos dirigidos à presidente Dilma.  "Vocês nunca me viram dizer palavrão para nenhum presidente, por mais que ele merecesse. E foi usado palavrão no setor das pessoas que não sabem o que é a palavra 'calo na mão'. Porque aquelas pessoas tinham cara de tudo, menos de trabalhador".
 
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, também do PT, disse estar "engasgado". "O mínimo que a política com 'p' maiúsculo tinha que exigir era um gesto de solidariedade e de repúdio ao que aconteceu nas arquibancadas dos candidatos adversários e das pessoas minimamente civilizadas", falou.

Candidatura

Padilha subiu ao palco de mãos dadas com Lula. Em seu discurso, o ex-ministro da Saúde falou sobre compromisso com a saúde e lembrou de seu passado como médico em regiões remotas do país. Abordou bastante também a questão da segurança pública e falou sobre necessidade de mudança. "Em minhas veias, corre o sangue paulista. O sangue daqueles que não se acomodam. Eu não sou conformista", disse.

Também abordou o tema educação: "os governos tucanos transformaram o que se chamava de progressão continuada numa verdadeira aprovação automática. São 20 anos de desserviço", criticou.
A homologação do candidato petista foi feita em convenção estadual com a presença de cerca de 3 mil delegados e militantes no ginásio do Canindé, região Central de São Paulo. O evento contou com cartazes com o rosto do candidato ao lado da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, além de referências à candidatura de reeleição do senador Eduardo Suplicy. Delegados trouxeram faixas de torcidas organizadas, especialmente do Corinthians, time do Lula. A bateria da escola de samba Gaviões da Fiel tocou no evento, assim como o músico Rappin Hood.

O evento também contou com a presença das ministras Miriam Belchior, Eleonora Menicucci e Marta Suplicy, do líder do PT na Câmara dos Deputados, Vicentinho, e do presidente nacional do PT, Rui Falcão.

O pai de Padilha, seu Antônio Padilha, foi chamado ao palco para apresentar uma homenagem ao seu filho. Durante a convenção, um vídeo com depoimentos de amigos e familiares do agora candidato foi passado.