Como resultado, um empate aceitável na estreia do italiano Ancelotti à frente da seleção, até porque o Equador é uma equipe sólida e vem fazendo uma campanha melhor que o Brasil na competição. E o jogo foi lá, na casa deles. Um ponto ganho. Mas o 0 x 0 decepciona um pouco também pelo pobre futebol ofensivo do escrete; pouco criou, pouco chutou no gol, mais preocupado em não tomar gols, não perder o jogo. Nosso meio de campo só marcou, pouco avançou. Casemiro longe do que já foi, Gerson tímido, Bruno Guimarães contido, e um ataque que se limitou à velocidade de Vini Jr. Não temos um bom centroavante, tampouco um camisa 10 de verdade.

Vamos esperar pelo confronto com o Paraguai, em casa, na próxima terça; o time Guarani vem jogando bem, venceu o Uruguai e tem um ponto ganho a mais que o Brasil. Hora de mostrar futebol, vencer. Ancelotti já viu um pouco de nossas carências e, certamente, vai encarar o Paraguai com uma postura mais ofensiva. Veremos.   

 **

 Em Guayaquil/Equador

 - Estádio Monumental, tempo estável na tarde/noite equatoriana (temperatura alta, 30 graus), casa cheia, ambiente festivo, bom gramado.

 - O time da casa na vice-liderança da competição (com 23 pontos), a melhor defesa da competição; a seleção brasileira (com 21 pontos) em busca de pontos para garantir de vez a sua classificação/ida para a Copa do Mundo 2026, que acontece daqui a um ano, em gramados dos EUA, Canadá e México.

- Muita expectativa com a estreia do italiano Carlo Ancelotti à frente do escrete, ele um vencedor por todos os clubes que passou mas que nunca treinou antes uma seleção.

- O Equador de camisetas amarelas; o Brasil de camisas novas, azuis, vistosas, calções brancos.

*

Com bola rolando ...

- Os donos da casa com as iniciativas, mais entrosada, tentando impor seu ritmo, atacando. O Brasil postado atrás da linha da bola, reativo, sem achar o caminho de contragolpear. Só aos 18 minutos aconteceu a primeira boa arrancada de Vini Jr pela esquerda, conseguimos um escanteio. E a seleção foi entrando no jogo. Aos 21’, duas boas chances seguidas com Estevão e Vini Jr, travados na área pela zaga e goleiro, na hora da finalização.

- Aos 26’, bola alçada, Alisson saiu mal, trombando, quase complica. Mais equilibrado, com Vini Jr, de camisa 10, e Estevão levando vantagem pelos lados. Aos 32’, após escanteio tramado pela esquerda, Vini Jr alçou e Casemiro cabeceou por cima. Aos 37’, foi a vez de Yeboah testar cruzamento da esquerda, também pro alto. 

 

O Equador teve mais volume de jogo na primeira etapa, rondou mais a área brasileira. Poucas finalizações, de lado a lado. O Brasil marcou bem e correu, fez algumas boas incursões pelos lados, com Estevão e mais com Vini Jr. Richarlison perdidão, brigando com a bola. Nos falta um cérebro no meio de campo. B. Guimarães apagado, sumido.

Segundo tempo – O mesmo panorama; o Equador buscando mais o ataque, o Brasil fechadinho, na moita, esperando a chance do bote, em velocidade, pelos lados. Muita briga pela bola e raros lances de área. Depois dos 15min, nada acontecia, Ancelotti trocou dois na frente: pôs Martineli aberto na direita (ele joga mais pela esquerda) no lugar de Estevão, e Mateus Cunha no de Richarlison, que nada produziu.

 - Aos 22’, um peteleco de Yeboah, nas mães de Álisson. O Equador melhor em campo. Aos 30’, melhor jogada ofensiva brasileira; Vini Jr levou pela esquerda, rolou pra trás, Cunha deixou passar e Casemiro bateu de chapa, da linha da grande área, nas mãos do goleiro. Na resposta, Estupiñam arriscou de longe, Alisson catou bem. Andrey entrou no lugar de Gerson.

 Nada mais aconteceu.

*

Destaques:

- A postura defensiva da seleção, a boa atuação do estreante Alex, zagueiro que atua no Lille da França, a aplicação de todos. Ofensivamente, algumas pontadas de Vini Jr.

- O Equador é uma equipe coletivamente bem arrumada. Yeboah chama a atenção.    

*

Ficha técnica

- O Equador do técnico Sebastián Beccacece: Wale, Ordoñez, Pacho, Hincapié e Estupiñam; Allan Franco, Caicedo, Pedro Vite, Yeboah; Minda, Angulo. (Preciado, Kevin Rodrigues,

- O Brasil do estreante Ancelotti: Alysson, Vanderson, Marquinhos, Alex, Alex Sandro; Casemiro, Gerson (Andrey), Bruno Guimarães (Andreas); Estevão (Martinelli), Richarlison (Mateus Cunha) e Vini Jr.

 - Arbitragem: Piero Mazza, do Chile, no apito.

*

Dois outros jogos da noite:

- Paraguai 1 x 0 Uruguai. Às 22h, Chile x Argentina.

*

O próximo jogo da seleção brasileira é na terça-feira, em São Paulo, contra o Paraguai.

**

 Liga das Nações da Europa

 - Espanha x Portugal fazem a final da competição, no próximo domingo. Promete.

 Portugal derrotou de virada a forte Alemanha, em Munique (2 x 1), mostrando um grande futebol comandado por Bernardo Silva e Bruno Fernandes, meio-campista, com gol de desempate feito pelo veterano Cristiano Ronaldo, o CR-7, 40 anos.

 Num jogo espetacular de 9 gols (5 x 4), a jovem seleção da Espanha venceu a França, com mais uma exibição brilhante do menino Lamine Yamal, o novo fenômeno do futebol, apenas 17 anos, e Niko Williams. Lamine Fez dois gols e jogadas de encher os olhos. A Espanha chegou a fazer 5 x 1, amassando a poderosa França de Mbappé, Dembelé... Os franceses reagiram no final e quase engrossam o caldo.  

 Espera-se uma final (Portugal x Espanha, um clássico ibérico) de encher os olhos. Joga-se hoje na Europa, sem dúvida, o melhor futebol do planeta.

*

 Nordestão

Pela Copa do Nordeste, o Bahia enfrenta o Náutico, sábado, na Fonte Nova, precisando vencer ou somente empatar para terminar a fase de classificação, no Grupo B, na liderança.

 É importante garantir o primeiro lugar por conta de poder disputar os jogos da fase mata-mata em casa. Daí, espera-se que o treinador Rogério Ceni mande a campo uma equipe alternativa, mista, de profissionais, ao invés do time sub-20 que enfrentou e perdeu para o Confiança (2 x 0) em Aracaju.

 

**