Fim de sonho. O Bahia em campo mostrou que ainda não tem time para vencer o Flamengo, tampouco pra chegar numa semifinal de Copa do Brasil. São cinco anos e 10 jogos sem conseguir vencer o time carioca. No Maracanã cheio e precisando vencer para seguir adiante, levou 1 x 0, o mesmo placar da Fonte Nova, com um agravante: não mostrou vontade ou condições de ganhar, fez um jogo acanhado, não chutou uma bola sequer na direção do gol adversário.

 A equipe de Rogério Ceni entrou com uma postura de time pequeno, preocupado apenas em não perder. Perdeu de novo, porque, como dizia o mestre Evaristo, “quem tem medo de perder não ganha”. O time carioca jogou como bem quis, à vontade, com superioridade. Sem choramingas, a qualidade técnica individual prevalece na hora do ‘vamos ver’.

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 E o Flamengo está pela 17ª vez nas semifinais da competição; enfrenta o Corínthians. E o Vasco encara o Atlético, Galo mineiro.  

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No Maracanã

- Noite de quinta quente no Rio, arquibancadas cheias (mais de 60 mil presentes), o vermelho & preto predominante e agitado, gramado nos trinques, jogo decisivo valendo vaga numa das semifinais da Copa do Brasil/2024; o time carioca jogava por um empate já que venceu (1 x 0) o primeiro confronto na Fonte Nova.

- O Bahia em busca de sua primeira semifinal na competição; o time carioca é ‘arroz de festa’ na disputa do título, presente nas quatro últimas edições. O Flamengo há cinco anos não perde do Bahia, são 9 triunfos seguidos.

- Uniformes: o Flamengo com a tradicional beca rubro-negra, calções brancos; o Bahia de camisetas brancas, calções em azul.

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Com bola rolando ...

- No começo, um Bahia tímido, um Flamengo sem pressa. Aos 5’, a primeira chance do Bahia, com Everton Ribeiro deixando Everaldo de cara com o goleiro; ele tirou demais, bola fora. Aos 6’, na resposta, Gerson encheu o pé, Marcos Felipe rebateu. Aos 14’, uma falta alçada da direita passou com perigo, assustando Marcos Felipe. Os cariocas com as iniciativas, marcando bem, mais agudos. O Tricolor tocando, mas pouco agressivo na frente.

 - Após vários escanteios em favor do rubro-negro, num deles, aos 38’, a defesa baiana não resolveu, a bola pererecou na pequena área e Marcos Felipe salvou, arrojado, esperto, nos pés de Bruno Henrique. Aos 39’, Santi Árias achou Everaldo livre na grande área, o chute do avante saiu chocho, sem direção.     

 

 Uma primeira etapa com predominância do Flamengo, no comando das ações, sempre rondando, chegando com perigo, sobretudo nos escanteios, bolas cruzadas. Um Bahia acanhado, brigando pela bola, evoluindo no totó, mas sem potência ofensiva, respeitando demais o adversário; precisava de gols, pois o empate favorecia os cariocas. Teve uma única e ótima chance, com Everaldo, desperdiçada. E só. Não teve escanteios, o goleiro do Flamengo não trabalhou.  

 Segundo tempo: Recomeço sem mudanças nas escalações. Logo aos 2’, Gerson puxou um contragolpe e Luiz Araújo, de frente, foi bloqueado por Gabriel Xavier no arremate. O mesmo panorama da fase inicial, o time carioca querendo mais, Gerson no comando. Aos 6’, noutro contragolpe, Bruno Henrique disparou, Marcos Felipe espalmou a escanteio. O Bahia com as linhas de marcação mais avançadas oferecia o contragolpe em velocidade nas costas da zaga. Daí...

- Gol! 1 x 0 Flamengo, aos 8min. Bruno Henrique recebeu em profundidade de Ortiz, pela esquerda, levou a marcação de Gabriel Xavier no corpo, na correria, e rolou pra Arrascaeta completar, entrando pelo meio.     

  Se já estava ruim, piorou. Ceni lançou Ademir e Lucho Rodriguez, saíram Cauly (apagado) e Everaldo (idem), antes dos 15min. Mais aberto, franco. Daí, ficou como o Flamengo gosta, fechadinho, encolhido, marcando bem e explorando os contragolpes na velocidade de Bruno Henrique e Luiz Araújo. Poderia ter ampliado.  

- O Tricolor não conseguiu finalizar uma só vez na direção do arco carioca. Ceni mexeu de novo, depois dos 25’: De Pena e Ratão em campo, saíram Thaciano (opaco) e Everton Ribeiro (cansou). No Flamengo, saiu Arrascaeta, sentindo a coxa, entrou Gabigol.  

 - O Flamengo administrava, na manha; o Bahia tramava, tocava pra lá e pra cá, e nunca chegava. O goleiro Matheus Cunha não foi incomodado. Fim de papo.

 

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Destaques:

- Gerson, o dono da bola. Bruno Henrique, decisivo. Everton Araújo, garoto bom de bola, aplicado, e Ortiz.

  No Bahia, Kanu, um pouco de Juba, Éverton Ribeiro enquanto teve pernas e ... no mais não faltou luta, faltou qualidade, capacidade.  Ceni acovardou-se diante do Flamengo, são 13 jogos seguidos que ele perde para o time carioca, uma sina ou ...   

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Ficha técnica

- O Flamengo do técnico Tite: Matheus Cunha, Wesley, Fabricio Bruno, Leo Pereira e Ayrton Lucas (Varela); Leo Ortiz, Éverton Araújo, Gérson e Arrascaeta (Gabigol); Luiz Araújo e Bruno Henrique. (Erik Pulgar, Mateus Gonçalves, Allan)

- O Bahia de Rogério Ceni: Marcos Felipe, Santi Árias, Gabriel Xavier, Kanu e juba (Iago); Caio Alexandre, Jean Lucas, Everton Ribeiro (De Pena), Thaciano (Ratão) e Cauly (Ademir); Everaldo (Lucho).

- Arbitragem do ‘manjado’ Bráulio da Silva Machado, de Santa Catarina, com uma desconhecida Daiane Muniz no VAR. Sem problemas.

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 No outro confronto da noite, Atlético Mineiro 0 x 0 São Paulo.

 Definidos, pois, os confrontos das semifinais, quatro times disputam o título:

  - Corínthians x Flamengo; Vasco da Gama x Atlético Mineiro.

     A definir datas e mandos de campo.

 

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Fim de semana/Brasileirão

- Pela Série A, 26ª rodada, o Vitória volta a campo no sábado à tarde, em Goiânia, num confronto direto, de desesperados, contra o Atlético de Goiás.

 - No domingo, o Bahia recebe o Atlético Mineiro, na Fonte Nova.