Um bom começo do Vitória, Campeão da Série B, vencendo o Jacuipense (1 x 0) em Riachão do Jacuípe, com competência, jogando aquele futebol do ano passado, competitivo, objetivo, nos padrões de Leo Condé. Um placar diminuto para a superioridade rubro-negra em campo os 90 minutos.

  Na Fonte Nova, com uma equipe de garotos mesclada com alguns profissionais, na primeira etapa, o Bahia, atual campeão baiano, se deu mal contra o Jequié, atual campeão da Série B, o acesso pro Baianão, e levou 1 x 0 ferrado, gude-preso. O gol saiu no começo do primeiro tempo, quando o Bahia dominou, assediou, impôs ritmo e mostrou até um futebol bonito, mas pouco produtivo ofensivamente. No segundo tempo, com muitas mudanças e a catimba Jequieense, praticamente não teve futebol, o time do interior soube administrar a vantagem, segurar o placar. Um mau começo para o Tricolor.      

*

 OBS: ‘Pelô’ é o nome da bola usada no Campeonato baiano.   

**

 Na Fonte Nova

 - Com uma equipe alternativa, escalada ‘na bistunta’ pelo auxiliar de treinador Rogério Ferreira – o mesmo que fracassou com sub-20 na Copinha – o Bahia, atual campeão baiano, estreou no Baianão/2024 derrotado pelo Jequié, campeão do acesso, da segunda divisão em 2023. O chamado ‘Jipão’ do Sudoeste fez uma pré-temporada de 45 dias, veio tinindo.

 - De novidade, pro torcedor da capital, que compareceu em número razoável (mais de 11 mil presentes), as caras novas do goleiro Adriel e do lateral Caio Roque, que desde o ano passado veio do futebol europeu e estava se recuperando de uma lesão no joelho. No mais, os já conhecidos André – lateral direito, o zagueiro Marcos Victor e o meia Diego Rosa, e a meninada da base querendo mostrar serviço.

 - O Jequié de branco, o Bahia com sua camisa tricolor.

*

  Com bola rolando ...

  A meninada tricolor começou impondo ritmo, trocando passes, linhas avançadas, dominando as ações, mas ...

- Gol! 1 x 0 Jequié, aos 11 minutos. Na primeira ofensiva do time interiorano, o centroavante Alex, rodado, pegou livre na entrada da área e bateu com força, por baixo, acertando o canto, abrindo o placar.

  O Tricolor tinha a bola, jogava no campo adversário, rondava mas não finalizava. O Jequié, mais encorpado, chegando junto, duro, fechadinho, manhoso e perigoso nos contragolpes. Aos 34’, após ótimo lançamento de Roger, Aruba entrando livre pela esquerda, de cara, testou acertando a trave.

 Nos primeiros 50 minutos, o Bahia teve a posse de bola, o domínio das ações, jogou inteiro no campo adversário, assediou, trocou passes, mas desceu para o intervalo perdendo (1 x 0) num único chute a gol do Jequié, que bateu muito, escorraçou e travou o jogo no cai-cai.  Basicamente, a meninada tricolor buscou o jogo e o Jequié, feito o gol, só quis dificultar as ações do adversário. Mas futebol é gol.

O grande destaque do primeiro tempo foi o meia canhoto Roger, camisa 10, 16 anos,  um garoto diferenciado.

  Segundo tempo. O Bahia voltou em cima, o mesmo panorama da fase inicial, logo no recomeço. Aos 5’, finalização de Éverton, boa defesa de Marcos. Os visitantes sem pressa, gastando tempo, na cera. Após boa trama, aos 9’, Diego Rosa ficou de frente mas chutou mal. Aos 18’, ótimo cruzamento de André, Éverton, livre, testou pra fora.      - Daí, relógio andando, muitas substituições, lá e cá, o jogo ficou travado, e caiu tecnicamente. Virou um baba. Bola furada.

 Aos 39’, expulsão do zagueiro Sergio Baiano, parando no pau a arrancada de Aruba (segundo cartão amarelo). Aquela pressão final dos donos da casa, bolas alçadas, tentativas desencontradas... Aos 44’, Roger tentou da entrada da área, Marcos catou bem, no chão... Aos 52, tentativa de Walifer, novamente deu goleiro.  E foi só.

  - Parte da torcida (12 mil presentes) vaiou no final.        

*

  Ficha técnica

  - O Bahia: Adriel, André, Marcos Victor, Marcelo e Caio Roque (Rafael); Diego Rosa (Paulo Souto), Tiago (Vitinho), Jota (Pedrinho) e Roger; Aruba e Éverton (Walifer).

  - O Jequié do treinador Gabardo Junior: Marcos, M Vinícius, Jean, Sergio Baiano e Capa; Caetano, Bruno e Caculé; Mococa, Igor Badio e Alex. (Medina, Elivelton, Igor Bádio, Azevedo, Marcão)

 

 - No apito, o desconhecido árbitro José Reis de Jesus Júnior. Tecnicamente bom, mas permitiu a catimba, a cera, simulações e o jogo violento dos jequieenses, às vezes parando na tora e na manha a garotada tricolor. Deu certo.

*

- O próximo jogo do Bahia, pela segunda rodada do Baianão, acontece no domingo, às 19h, contra o Atlético, em Alagoinhas. Parada mais dura ainda.

   O Bahia, maior papão da competição, com 50 títulos, luta por mais um bi em sequência.

*

  Brincando na neve

  Em Manchester, na Inglaterra, pela manhã, no frio de dois graus, o elenco principal do Bahia realizou um jogo-treino/amistoso contra o Blackburn Rovers, da segunda divisão inglesa, num dos campos de treino do CT do City. Deu empate, 3 x 3.  O Tricolor até abriu o marcador, com gol do apoiador estreante Jean Lucas (ex-Santos), mas a equipe inglesa empatou e virou (2 x 1) ainda no primeiro tempo. Para a segunda etapa o treinador Rogério Ceni mudou toda a equipe. O Blackburn fez 3 x 1, mas o Bahia chegou ao empate com dois gols do centroavante Everaldo.

 Não sabemos bem que serventia advirá dessa pré-temporada em temperaturas tão baixas, na Inglaterra, com nossas competições primeiras (Baianão e Nordestão), cá, pleno verão, a mais de 35 graus. Choque térmico. Bem, a viagem serviu para que os atletas sintam e aprendam outros significados do que é ‘profissionalismo’, dentro e fora dos gramados e tenham conhecido e brincado com a neve. O retorno a Salvador, caindo na real, acontece no dia 21 próximo.

**

 No Eliel Martins , o Valfredão

  O torcedor de Riachão do Jacuípe com saudades da bola chutada e os fiéis rubro-negros marcando presença nas arquibancadas. Casa cheia, muito barulho.

- Novidades no novo padrão (estreia com uniforme branco), com estrelinha dourada no escudo; e também na escalação do Leão, com estreias do lateral PK/o Patrik Calmon, do apoiador William Oliveira e do atacante Caio Dantas. O Vitória foi campeão baiano em 2017 e, de lá pra cá, nem chegou às finais. Ficou só espiando o Bahia conquistar um tri e o Atlético Alagoinhas ser bi. O torcedor grita: ‘O Leão voltou!’

 - Do outro lado o Jacuipense, atual vice-campeão baiano, chegou na disputa de duas finais seguidas. O relvado do Eliel Martins/Valfredão é que continua o mesmo, desnivelado, grama alta, dificultando o toque de bola rápido, no chão. A equipe, de uniforme arroxeado, é bem azeitada pelo rodado treinador Jonílson Veloso. É o Leão do Sisal.

 

 Com bola rolando ...

 - Os jogadores do Vitória em campo depois

 Começou na correria mas também pegado, travado, sem uma sequência de passes, aos chutões. O Jacupa tinha mais a bola no pé, mas quem decide jogo é o talento, a qualidade individual... o que vale é bola na rede.  

- Gol! 1 x 0 Vitória, Iury Castilho, aos 23 minutos; aproveitando o rebote de um chutaço de longe de Osvaldo, que carimbou o travessão. Na sobra, Iury girou e encheu o pé, abrindo o placar. Na primeira chance criada.

  O jogo seguiu arrastado, sem grandes emoções. O Leão, em vantagem, bem plantado, dividindo todas e saindo em velocidade, com bolas esticadas, para o contragolpe; Aos 47’, num erro defensivo dos donos da casa, quase Osvaldo ampliou. Um time que sabe bem o que quer e como vencer. O Jacuipense tentou mas não conseguiu passar pela marcação rubro-negra, nada criou, não chutou, o goleiro Lucas Cândido só apreciou a batalha no primeiro tempo.

 Na segunda etapa, o Jacuipense tinha de sair mais pro jogo, tentar mudar o resultado, deixando sua defesa mais vulnerável aos contragolpes rubro-negros. O Leão tinha a partida sob controle, sem correr riscos. Com o tempo passando, o time de Condé passou a administrar a vantagem.

 - Aos 27’, numa cobrança de falta da quina da grande área, Eudair obrigou Lucas Arcanjo a trabalhar, arrojando-se no rodapé, espalmando. Aos 33’, Camutanga bateu falta da intermediária, Marcelo mergulhou e espalmou.  Aos 42, Lucas Arcanjo salvou o empate nos pés de Jeam. E foi só.  Vitória justa por conta da superioridade coletiva e individual da equipe de Condé, que apostou na manutenção da base do ano passado.

   *

Ficha Técnica

- Jacuipense: Marcelo, Van, Vitor Salvador, Everson e Vicente; Fábio Bahia, Lidio, Jerry e Pablo; Jeam e Flavinho. (Douglas, Eudair, Adriano)

- Vitória de Leo Condé, mantendo a base do ano passado: Lucas Arcanjo, Zeca, Camutanga, Wagner Leonardo e PK Patrik Calmon; William Oliveira, Dudu, Matheuzinho; Osvaldo, Caio Cantas e Iury Castilho. (entraram na segunda etapa: Rodrigo Andrade, Ze Hugo, mais Eric Castillo, atacante equatoriano e Lucas Esteves, lateral jovem (estreantes), Mateus Gonçalves

 - No apito, Emerson Ricardo de Almeida Andrade. Enrolado e matreiro.   

 *

 - Na segunda rodada o Vitória recebe no Barradão o tinhoso Bahia de Feira, no sábado, às 16h

 

 - Relação completa dos 14 atletas contratado pelo Vitória para esta temporada/2024:

    Muriel, Alexandre Fintelman e Maycon Clayton (goleiros); PK, Lucas Esteves e Raul Cáceres (laterais); o veterano zagueiro colombiano Zapata; Willian Oliveira e Caio Vinícius (apoiadores); o meia Luan, a mais cara aquisição até agora; e os atacantes Caio Dantas, Erick Castillo, Alerrandro e Everaldo.

**

 Em Ilhéus

 O bloco/programação de três partidas dessa quarta-feira, fechando a primeira rodada do Baianão/2024, começou às 17h com o duelo Barcelona/Ilhéus x Juazeirense, no estádio Mario Pessoa, temperatura a 30graus, abafado. O Juá em estado de graça depois de se classificar em casa para o Nordestão, goleando os pernambucanos do Retrô por 4 x 0.

 O time local treinado por Betinho e o Juá do norte do rio São Francisco sob comando do técnico Carlos Rabello. No apito, Jailton Moura. O Barcelona de branco, o Juá de vermelho com detalhes amarelos.

- Uma primeira etapa bem equilibrada, com poucos lances de área. Uma chance do time da casa e duas dos visitantes, em chutes de longe, os goleiros brilhando. O Barcelona foi melhor na segunda etapa, atacou e criou algumas boas chances mas o gol não saiu. Primeiro jogo do campeonato com empate sem gols – 0 x 0.