Valeu pelos três pontos (1 x 0) que põe o time a cinco pontos da zona de perigo, do rebaixamento, mas o jogo foi fraco tecnicamente e o Bahia fez uma partida morna, apática contra uma equipe alternativa, de reservas do Fluminense do Rio. O gol salvador saiu no final da primeira etapa, numa rara jogada aguda do Tricolor baiano, pela esquerda, num bom cruzamento de Camilo Cândido – Everaldo subiu mais que a zaga e testou no canto. Quando o time carioca era melhor, já tinha chutado duas no travessão baiano. Na segunda etapa houve mais equilíbrio e o Bahia cozinhou, sofreu um pouco mas se deu bem.   

 Com o resultado o Bahia foi a 37 pontos e dorme no 13º lugar, mas a rodada segue, apenas começou. É torcer para os concorrentes diretos (Vasco, Santos, Goiás, Corínthians...) tropeçarem. A luta é contra a degola, sim.  

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 Na Fonte Nova

 Noite de terça-feira calorenta (28 graus), último dia de outubro/primavera, tempo limpo, arquibancadas com bom público mas espaços vazios, um relvado de boa qualidade, duelo de tricolores, abertura da 31ª rodada.

- Antes do apito: O Bahia (15º lugar, 34 pontos) lutando a cada partida para estar fora da zona de degola, restando oito rodadas para o fim da competição; cada jogo ganha clima decisão, sobretudo em casa, diante da torcida; Ceni lança mão de força total possível. Cauly de volta, Acevedo suspenso.

- O Fluminense (oitavo colocado, 45 pontos) com uma equipe mista, time b mesmo, em função da decisão, sábado próximo (4 nov), da Libertadores de América, contra o Boca Juniors da Argentina, no Maracanã; talvez o jogo mais importante dos últimos tempos para o Flu, o Tricolor das Laranjeiras, que nunca conquistou esse título.

 - O Bahia em campo com sua beca tricolor, listras verticais; o Fluminense de branco.

   Curiosidades: no gol do Bahia, Marcos Felipe, formado no time carioca, pela primeira vez enfrentando seu ex-clube (está emprestado). No meio de campo do Flu, Daniel, um ex-Bahia – o mesmo.  

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Com bola rolando ...

 Começou mais estudado que acelerado, o Bahia tentando ter o controle das ações. Mas a primeira chegada foi do time carioca, numa bola enfiada nas costa de Vitor Hugo, Giovanni chegou batendo, meio sem ângulo, a boa tirou casquinha no travessão de Marcos Felipe, assustando, aos 9 minutos. Um Bahia morno. E o Flu a trocar passe, pondo no chão, com as rédeas. Só aos 16’ o Bahia chegou, trabalhando, em duas tentativas de chute a defesa carioca resolveu. Aos 21’, um chute de Biel, a primeira defesa do goleiro Eudes.   

  Ritmo de treino, como o tricolor carioca queria e gosta. Bateram 30 minutos e nada se viu da equipe de Ceni, apático. Aos 35, Leo Fernandes arriscou de longe e acertou o travessão.  Daí, mais adiante, num dos raros lances de bola trabalhada ...  

 - Gol! 1 x 0 Everaldo, de cabeça, aos 40 minutos. Um ótimo cruzamento da esquerda de Camilo Cândido, do lado oposto, na linha da pequena área, o centroavante subiu mais que a zaga e testou acertou o canto.

 - Aos 45’, chutão da defesa, Everaldo deu uma casquinha de cabeça e Biel entrou livre em velocidade nas costas da zaga, mas chutou no corpo do goleiro, que abafou. O Flu sentiu o golpe, cedeu espaço. O time da casa parece que só entrou no jogo depois que fez o gol, já nos minutos finais do primeiro tempo, pressionando um pouco. Nos 45 minutos iniciais vimos o domínio da equipe carioca, que acertou o travessão baiano duas vezes, teve mais posse de bola e atuou mais no campo adversário.  

   Só que o Bahia foi mais feliz e desceu para a merenda, no intervalo, com a vantagem – 1 x 0. Não fosse esse gol de Everaldo e certamente a turma de Ceni sairia para os vestiários sob vaias, merecidas.  Um time sem alma, sem garra, sem pegada. No microfone, o avante Everaldo reconheceu que a equipe atuou mal, mas...  é o placar que conta, no final. Nada definido. Uma peleja tecnicamente fraca.

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 As mesmas equipes, no retorno. Logo no recomeço, trapalhadas do goleiro Marcos Felipe e da zaga baiana, quase saiu o empate. O Flu parecia mais aceso, com as linhas de marcação avançadas, marcando mais duro, ganhando as divididas. Até os 15’, nada aconteceu, um baba. Aos poucos, sem pressa, o Bahia foi equilibrando.

 - Aos 19’, enfim, Camilo Cândido tramou com Cauly, Thaciano limpou na área e bateu, em cima do goleiro. O time carioca continuava melhor, chegava com mais perigo, chutava mais. Um Bahia sem apetite, atrás, no banho-maria. Aos 27’, enfim uma chegada boa do Bahia; bola alçada na área inimiga de um lado pra outro, Thaciano tentou de cabeça, a zaga carioca se safou. Aos 28’, uma tentativa de Alexsander, Marcos Felipe catou no chão.

  Aos 30’, Ceni mexeu, pôs em campo Juba, Diego Rosa e Mingotti, saíram Cauly, Thaciano e Everaldo. O Bahia postou-se mais na frente, parelhou mais as ações, passou a incomodar também. Aos 38’, uma tentativa de Gilberto, de canhota, errou o alvo.  Aos 44’, após um carrinho faltoso de Yago, um bafafá à toa, empurra-empurra... por nada. Cartões amarelos para os nervosinhos, catimbeiros.  

 A árbitra deu sete minutos de acréscimos. Aos 48’, Leo Citadini em campo; e Rafael no Flu. Aos 49’, Ademir deu uma entregada feia e Isaac entrou livre, de cara, mas finalizou mal, perdeu a chance do empate. Ufa!

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Destaques

- Gilberto e Kanu estão fora do jogo contra Grêmio, em Porto Alegre, punidos com cartões amarelos. Tecnicamente, o melhor foi Camilo Cândido.  

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Ficha Técnica

- O Bahia escalado por Rogério Ceni: Marcos Felipe, Gilberto, Kadu, Vitor Hugo e Camilo Cândido; Rezende, Thaciano(Diego Rosa), Yago (Citadini) e Cauly (Juba); Biel (Ademir) e Everaldo (Mingotti).

- O Fluminense do técnico interino Eduardo Barros: Eudes, Guga, Felipe, David Braz e Alexsander; Thiago Santos, Daniel, Leo Fernandez e Giovanni; Yury Gonzalez e Lelê. (Isaac, Artur, Rafael, Neto... )

 - No apito, Édina Alves, com o auxílio do VAR. Enroladinha, sem pulso, parando demais o jogo.

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  O próximo jogo do Bahia é contra o Grêmio, pela 32ª rodada, na Arena do tricolor gaúcho/Porto Alegre, sábado, dia 4 de novembro, às 19h30.