Duelo renhido mas de técnica sofrível e poucas chances de gol, as melhores do Bahia que chegou a meter uma bola na trave, no segundo tempo, o goleiro gremista já vencido. O Tricolor baiano finalizou mais e tentou todo tempo com a bola no chão, trocando passes, o Grêmio mais nos chutões e passes longos. As defesas prevaleceram. O torcedor compareceu em massa, apoiou, saiu meio frustrada mas aplaudiu a atuação, a vontade do grupo e o bom espetáculo.

 Os resultados na Fonte Nova e no Maracanã (Vasco 0 x 0 Sport) não mexeram na tabela de classificação. Vasco, Bahia, Grêmio e Sport ganham um ponto, seguem na briga. O Cruzeiro sobra na liderança, com 37 pontos, seis à frente do vice-lider Vasco.   

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 Na Fonte Nova

 - Uma tarde domingueira limpa de inverno em Salvador, temperatura agradável, casa cheia (mais de 42 mil nas arquibancadas, a maior plateia da temporada), relvado em boas condições para o duelo de tricolores, um clássico brasileiro, mesmo que seja na segundona, rivalidades à flor da pele.

 - O Bahia, com Ênderson Moreira reestreando na Fonte Nova, de uniforme um: camisetas brancas, calções em azul marinho, meiões vermelhos.

    O Grêmio de Porto Alegre é treinado por Roger Machado, que passou pelo Bahia e deixou um legado, conhece bem o adversário e o campo de jogo. Com camisetas listradas (azul, preto e branco), calções e meiões brancos.   

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Com bola rolando ...

- Os gaúchos mais taludos e afeitos ao corpo a corpo, gostam do jogo pegado. O Bahia tem uma equipe mais leve e alguns fogem das divididas. Ambos começam marcando alto, já no campo adversário, ofensivos. Muita briga, faltas, pouco futebol no começo. Dez minutos e nenhum lance de área. Só aos 12’, primeira finalização, de Elias, da esquerda, cruzando a pequena área de Danilo, assustando.

 - Jogo igual, muito respeito e estudos de parte a parte, passes errados, disputado mas tecnicamente sofrível. Mais preocupados em ganhar a batalha do meio campo, bastante povoado, os times chegam com poucos jogadores na área adversária. O Bahia tenta trocar mais passes, o Grêmio prefere as bolas alongadas. Só aos 22’, o Tricolor baiano chegou bem, mas o chute final foi travado pela defensiva gaúcha. Com o tempo passando, a marcação vai afrouxando e abrem-se os espaços, lá e cá.

 - Aos 24’, num escanteio, Rodallega e Luis Otávio subiram, a bola foi testada pra fora. Deu 30 minutos, nenhum perigo de gol. As melhores tramas morrem antes das finalizações. Por volta dos 35’, o Grêmio teve seius escanteios seguidos em seu favor, mas nada aconteceu. Pressão, pois, e o torcedor em suspense. O Tricolor gaúcho então sufocando, o time da casa segurando bem atrás, sofrendo. Aos 42’, bom cruzamento de Matheus Bahia, da esquerda, Rodallega testou fora.

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Primeira etapa brigada, equilibrada, mas com poucas emoções. Nenhuma chance mais clara de gol. Sem predomínios.

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 Os gaúchos voltaram do intervalo tentando por pressão, ganhando os rebotes, as divididas no meio campo, esticando passes pelos lados e alçando bolas na área baiana. O Bahia com dificuldades na conexão defesa/ataque.

- Aos 6 minutos, a melhor chance da partida, até então: trama pela direita, bola rolada pra trás e Rodallega pegou de primeira, forte e rasteiro, o goleiro Gabriel salvou. Aos 7’, numa jogadinha de falta ensaiada, também pela direita, Mugni arriscou de longe, cobriu o travessão, assustando. Aos 14’, nova tentativa de Rodallega, bateu de prima, pra fora. 20 minutos, nada de novo. Aos 21’, Rodallega, de longe, pra fora. Aos 29’, o Bahia entrou trocando passes, duas finalizações bloqueadas e Rodallega, por fim, arrematou para ótima intervenção de Gabriel, espalmando.

 Reta final, o Bahia melhor, atacando mais, evoluindo com bola no chão, mas... faltava contundência. Davó em campo. Em busca do gol. Aos 40’, Ênderson trocou mais dois (Falcão e Miquéias no lugar de Emerson e Patrick, cansados). A briga pelo domínio do meio campo.  Aos 44’, bom cruzamento da direita, Jacaré não conseguiu finalizar, não chegou a tempo.

 - Clauss deu mais 5 mim, acréscimos. O Bahia no ataque, pressão, os gaúchos todos na defesa. Aos 46’, após ratada da defensiva do Grêmio, Davó de cara acertou o poste, o goleiro já vencido. Quase!  Aos 48’, Rodallega arriscou outra, Gabriel defendeu mais uma.  Deu empate.

O Bahia foi melhor, finalizou 17 vezes, o Grêmio somente seis. O goleiro gaúcho trabalhou mais; Danilo Fernandes não fez uma grande defesa.

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 Destaques

 Sem erros o miolo de zaga com Luis Otávio e Ignácio; André mais vivo e com menos erros do que Matheus Bahia; No meio campo, Mugni. A luta de Rodallega na frente.

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Escalações

- O Bahia de Ênderson Moreira: Danilo Fernandes, André, Ignácio, Luis Otávio e Matheus Bahia; Patrick, Emerson, Mugni (Davó) e Daniel; Raí (Jacaré) e Rodallega.

- O Grêmio de Roger Machado: Gabriel, Rodrigo Ferreira, Geromel, Bruno Alves e Nicolas; Tiago Santos (Sarará), Bitello, Campaz (P. Lucas), Janderson (Emerson) e Elias (Ferreirinha); Diego Souza (Ricardinho).

- Arbitragem paulistana de Raphael Claus (vai estar na Copa do Catar), com o auxílio do VAR.

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O próximo confronto do Bahia, já pela 17ª rodada, é com o Vila Nova, em Goiás; na sexta-feira, dia 8, às 19h.

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 Outros jogos da rodada 16:

- Vasco 0 x 0 Sport; Ponte Preta 0 x 0 Tombense; CRB 1 x 1 Guarani; Náutico 3 x 0 Novorizontino; Ituano 1 x 2 Criciúma; Londrina 0 x 0 CSA; Chapecoense 3 x 1 Sampaio Corrêa; Brusque 2 x 1 Operário; Cruzeiro 2 x 0 Vila Nova.

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 Classificação:

- Cruzeiro dispara na liderança com 37 pontos; Vasco com 31; Bahia com 29 e Grêmio com 26 – São os quatro primeiros colocados.

Na cola estão: Criciúma (23), Tombense com e Sport com 22. . Brusque, Novorizontino e CBR com 20, na sequência.

Na rabada, zona de perigo: CSA, Ponte Preta, Guarani e Vila Nova.