O Tricolor não fez uma partida empolgante, mas foi eficiente e venceu (2 x 0) fora de casa, na estreia do treinador Enderson Moreira, que mostrou ser pé quente. Os gols saíram no primeiro tempo. O resultado é bom pelos pontos conquistados, mas também porque dá mais confiança ao grupo, ao novo comando técnico da equipe e renova esperanças do torcedor. Uma batalha vencida mas a guerra da segundona continua. O foco é subir.

 O Bahia chegou a 28 pontos (dois atrás do vice-líder Vasco), manteve-se na terceira posição e tem um compromisso contra o Grêmio no domingo, casa cheia na Fonte Nova. Grêmio que venceu em casa (1 x 0) o Londrina e é o quarto colocado, na cola do Bahia, com 25 pontos.  A rodada segue.

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Em Santa Catarina

- Cidade de Brusque, que dá nome ao time local, tem cerca de 135 mil habitantes, fica na região da foz do Itajaí, perto de Floripa (a capital) e tem uma temperatura média de 23 graus/dia.  

- O primeiro confronto entre as duas equipes aconteceu no estádio Augusto Bauer, valendo pela 15ª rodada/Série B. O Brusque ocupando o 12º lugar, com 17 pontos ganhos, e o Bahia em 3º, com 25 (foi a 28). Arquibancadas acanhadas, torcida tricolor marcando presença, e gramado verdejante, bem cuidado...

- O jogo marcou a estreia do treinador Ênderson Moreira, em sua segunda passagem pelo Bahia. Ele substitui Guto Ferreira, demitido na madrugada de sábado, depois da derrota para o Novorizontino (1 x 0) na Fonte Nova, como era desejo do diretor de futebol do clube, Eduardo Freeland, desde que chegou ao clube. Freeland e Ênderson trabalharam juntos no Botafogo(RJ) na temporada passada, quando o time carioca conquistou a Série B, fazendo ótima campanha.

- Ênderson, que assumiu o comando já em Santa Catarina, na segunda, mal conhece o plantel e administrou apenas um treino, não pôde ficar no banco de reservas porque ainda não foi oficializado como treinador do Bahia pela CBF. Espiou o time de cima, de longe, dando penada pelo celular para dois auxiliares que ficaram na beira do campo: o português Bruno Lopes, lotado no clube, e Luis Fernando Flores, da nova equipe técnica, recém-chegado (foi jogador, meio-campista, jogou inclusive no Bahia).

 - O Brusque em campo com uniforme predominantemente branco; o time é quadricolor - vermelho, verde, branco e amarelo; o Tricolor baiano com o seu padrão listrado.

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 Com bola rolando ...

O time da casa começou em alta pressão, buscando impor ritmo, marcando a saída de bola defensiva do adversário. O Bahia cadenciando, tentando por a bola no chão, mas errando passes.

- Gol ! Bahia 1 x 0, aos 13 min. Daniel alçou da direita, de longe, Rildo testou nas costas da zaga, do lado oposto, o goleiro deu rebote e Rezende finalizou como se fosse o centroavante.

 - O jogo seguiu mais disputado pelo meio campo. O Brusque perigou aos 23’, num chute de Ailton, da intermediária, cobrindo o arco tricolor. Aos 27’, Pará pegou forte um rebote de bola alçada, a bola riscou no pé do poste de Danilo Fernandes. O time da casa dando calor, chegando mais. O Bahia cedendo espaços e o domínio do meio campo, sem encaixar contragolpes. Aos 36’, numa bola cruzada, desviada, traiçoeira, Danilo Fernandes salvou, espalmando.

  - Gol! 2 x 0, aos 47’. Uma boa arrancada de Rildo pela esquerda, o cruzamento saiu pelo chão, Rodallega completou bem, antecipando-se à zaga, ampliando.

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 Pela bolinha acanhada que jogou no primeiro tempo, o placar foi um deleite para o Bahia. Rezende, Rodallega, Mugni e Rildo foram os melhores.

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 O Brusque, levando 2 x 0, trocou dois no intervalo e voltou determinado, sem alternativas que não fosse o ataque, buscando o gol a todo custo. E tome-lhe passes longos, correrias e muitas bolas alçadas na área inimiga. O Bahia no mesmo diapasão, sem pressa, amaciando, marcando e trocando passes.

  - Aos 6’, Rodallega tabelou pelo meio, Daniel pegou de frente, da meia lua, um chuteco na mão do goleiro. Aos 9’, Álvaro bateu forte da entrada da área, cobriu o arco baiano, assustando. Dois minutos depois, outra finalização, Danilo Fernandes catou bem. O Tricolor já fechadinho, só saindo na boa, a partir dos 20’. O Brusque atuando inteiro no campo do Bahia. Aos 32’, outra boa intervenção do goleiro Danilo, evitando gol.   

  - O treinador Luis Fernando fez todas as substituições que podia, ganhando tempo e pondo sangue novo. Aos 38’, Davó roubou e deixou Raí de frente, o chute saiu forte, cruzado, raspou a trave de Jordan. Os catarinenses sufocavam, mas não penetravam e finalizavam mal de longe. O árbitro acrescentou 5 minutos ao tempo regulamentar e o Bahia administrou. Aos 46’ ainda teve boa chance de ampliar, Davó desperdiçou, não alcançou o cruzamento na pequena área.

 Um ótimo resultado fora de casa. Ênderson estreou com sorte.    

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Escalações

- O Brusque do técnico Luan Carlos: Jordan, Pará, Jefferson, Wallace (aquele mesmo, veterano, cria do Vitória) e Airton; Zé Matheus, Rodolfo Potiguar e Balotelli; Crislan,  Alex Sandro e Alex Ruan (Álvaro, Fernandinho, Todinho, Edilson, Jailton)

- O Bahia de Ênderson Moreira, sob comando de Bruno Lopes/Luis Fernando Flores: Danilo Fernandes, André (Gabriel), Ignácio, Luis Otávio e Matheus Bahia; Patrick, Rezende (Emerson), Mugni (Jacaré) e Daniel; Rildo (Raí) e Rodallega (Davó).  

 - Arbitragem de São Paulo, com VAR. Luiz Flávio de Oliveira no apito, sem questionamentos.

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 A próxima parada (indigesta) do Bahia é domingo à tarde, na Fonte Nova, contra o Grêmio. Aquele famoso jogo de seis pontos, confronto direto entre duas equipes favoritas para subir/ Série A em 2023. Pegada forte.

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 Outros jogos da 15ª rodada:

 - Operário 2 x 1 Chapecoense; Sampaio Corrêa 2 x 0 CSA; Grêmio 1 x 0 Londrina.

 Na sequência Guarani x Ituano; Cruzeiro x Sport; Vila Nova x Ponte Preta .

 Amanhã, quarta: Náutico x Criciúma; CRB x Tombense; Novorizontino x Vasco.

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 Curtas:

 - No mesmo dia que o Bahia destronou Guto, o Sport Recife (5º colocado na competição, 21 pontos ganhos) demitiu também seu treinador, o argentino Gilmar Dal Pozzo, e logo no dia seguinte anunciou a contratação de Lisca (o doido), que para muitos seria ‘a solução’, deveria ter vindo para ‘incendiar’ o Bahia.

- O Vitória, na boca da zona de degola da Série C, com apenas 12 pontos ganhos até agora, entra em campo sábado, 19 h, no Barradão, torcida desesperada, para enfrentar o Figueirense, valendo pela 13 ª rodada. Nem pensar em tropeço.

  Nossa campeã

  Todo nosso aplauso e reconhecimento para a baiana Ana Marcela Cunha, a melhor atleta feminina em atividade no país, que acaba de se sagrar bicampeã mundial em Budapeste/Hungria, na prova de 5km, natação, águas abertas. É a quinta medalha dela, nossa campeã Olímpica em Tóquio, na competição. E ela quer mais.  Um fenômeno nas águas.