Esporte

BRASIL VENCE EGITO COM PLACAR MAGRO 1X0 E CHEGA SEMIFINAIS EM TÓQUIO

Cunha marcou único gol e os brasis perderam tantos outros
ZedeJesusBarrêto , Salvador | 31/07/2021 às 10:03
Gol de Cunha
Foto: Lucas Figueiredo, CBF
  
 Fazendo uma partida segura, mostrando maturidade, o Brasil venceu o Egito (1 x 0) e está classificado para mais uma semifinal de Olimpíada. O placar foi magro para retratar a superioridade brasileira em campo, com muita posse de bola e chances de gol perdidas. Não faltaram garra, jogo coletivo, aplicação tática. Individualmente, o brilho técnico do nosso capitão Daniel Alves e a determinação exemplar de Richarlison na frente.
- Invictos, com todos os jogos ganhos, o Brasil é candidato ao título, sem dúvida. Na semifinal, enfrenta o vencedor de México x Coréia do Sul, que sai ainda nesse sábado, na terça-feira próxima, às 5h da madruga.  Certamente o México, que já no intervalo vencia por 3 x 1.

- A Espanha, que venceu bem a Costa do Marfim ( 5 x 2 ) faz a outra semifinal contra o Japão, que passou pela Nova Zelândia nos pênaltis. 

- Uma final Brasil x Espanha seria um sonho pra que curte o bom futebol.  Mas a parada contra o México vai ser difícil. 
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 Estádio de Saitama

 Como se previa, um Egito (camisetas vermelhas) fechado, atrás e marcando duro, no seu campo, dificultando a troca de passes dos brasileiros (de amarelo). Era preciso tocar rápido e se movimentar muito para abrir os espaços.

- Chegamos a primeira vez, aos 5min, com Daniel, bem aberto na direita, cruzando alto para Richarlison que fechava na esquerda; o goleiro egípcio El Shenawi deu um tapinha e desviou a bola a escanteio. Aos 12’, o Egito assustou, chegando na área com muitos, a nossa defesa confusa, o chute passou perto do poste de Santos. Aos 15’, Richarlison ganhou da zaga e rolou para Antony, na direita; o chute de canhota passou por cima. Aos 18’, Antony achou Matheus Cunha livre na área, mas o atacante não conseguiu dominar.

 Furar o bloqueio, a retranca da estratégia egípcia exige rapidez, troca de posições, surpresas, criatividade e jogadas de linha de fundo. Aos 25 minutos o Brasil só tinha conseguido uma finalização, por cima. O Egito se defendia com aplicação. Cerca de 70% de posse de bola dos brasileiros.

 - Aos 28 min, após tabela com Claudinho, Richarlison finalizou de canhota, a bola desviou na zaga e amorteceu para defesa do goleiro. Boa chegada. Aos 32’, blitze dos canarinhos, Richalison desbravando, mas, na sobra, o tiro de Douglas Luis passou longe do alvo. 

- Gol ! 1 x 0 Brasil, Matheus Cunha recebendo livre de Richarlison na linha da grande área, pelo meio; mirou o canto e bateu rasteiro, abrindo o placar, aos 37 minutos. 

 Esperava-se, então, que com o gol sofrido os egípcios se abrissem mais, saindo pro jogo, buscando o ataque. Bom para nossos contragolpes. Aos 44’, Douglas Luis bateu falta, da meia lua, e a pelota raspou na barreira e passou rente ao poste egípcio.
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 Um bom primeiro tempo da equipe de Jardine, mas 1 x 0 não é um placar confiável, é preciso ‘matar’, definir o jogo, fazer gols. Nosso miolo defensivo é lento, preocupa. Richarlison é nossa melhor opção na frente, jogando com muita vontade. 
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 Jardine manteve a mesma escalação. Aos 2’, Antony fez boa jogada pela direita, foi ao fundo, no meio Claudinho perdeu. Na sequência, foi a vez de Matheus Cunha receber nas costas da zaga e entrar de cara; na saída do goleiro, errou o alvo. Duas chances claras de gol desperdiçadas. Recomeçamos bem, atacando.

 - Aos 5’, Matheus Cunha lançado em profundidade sentiu a coxa, precisou ser atendido fora de campo e logo depois foi substituído por Paulinho. Aos 10’, num bom contragolpe, Paulinho serviu Arana que parou no goleiro. Aos 13, nova chance desperdiçada, os canarinhos bicando, chegando bem na área adversária.  
- Os egípcios trocam dois, sangue novo, vão pra frente, única alternativa. No Brasil, Malcon e Reinier nos lugares de Antony e Claudinho.  

 Aos 21’, Paulinho lançado em profundidade, bateu no corpo do goleiro, em outra chance perdida. Aos 24’, primeiro chute dos norte-africanos; Santos catou fácil. Os de vermelho começam a gostar do jogo, preocupante, nada definido, então.  Boa trama de ataque aos 28’, Paulinho finalizou, fraco, nas mãos do goleiro. Com o tempo passando, o Brasil arrefeceu, já começa a mastigar, sem pressa, administrando. 

 Fica tenso. 

 O treinador do Egito trocou mais dois avantes e passou a levantar bolas na área brasileira, perigando, e arriscando chutes de longe. Foram pro tudo ou nada. Nossa defensiva suportou bem. Aos 90, Jardine tirou Richarlison e pôs Gabriel Menino, fechando, segurando o meio e ganhando tempo. 

  Deu Brasil, invicto, com 100% de aproveitamento, classificado para as semifinais. 
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Destaques 
Daniel esbanjou classe, técnica, liderança. Richarlison está sobrando em força, vontade, ‘comendo grama’, exemplar. Bruno Guimarães comandou o meio campo.      
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- Jardine escalou: - Santos, Daniel, Nino, Diego Carlos e Arana; Bruno Guimarães, Douglas Luis e  Claudinho; Antony, Matheus Cunha e Richarlison. 

Arbitragem autraliana
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 Só gênios

 Feras do ‘mundo da bola’ reuniram-se na Europa para escalar uma seleção dos melhores de todos os tempos no futebol. Ficou assim:

 - Iashin, Cafu, Beckenbauer, Maldini e Nilton Santos; Cruiff, Di Stefano e Maradona; Garrincha, Pelé e Messi. 

 Sò tenho um reparo: Carlos Alberto Torres na lateral direita, faz favor. 
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 Curtas Olímpicas

- As meninas do vôlei de quadra brasileiras estão jogando muito. Dá gosto. Na manhã desse sábado despacharam a Sérvia e classificam-se para a fase seguinte em primeiro, sobrando, invictas.

- Mais uma medalha ! Bronze, inédito, no tênis, com a dupla feminina Luisa e Laura. 

- Somamos oito medalhas até agora, uma apenas de ouro, no Surf (Ítalo Ferreira).