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TITE NÃO PEDE O BONÉ E CRITICA O GRAMADO E O PRESIDENTE DA COMENBOL


'Temos de olhar o outro lado, que tem essa estratégia, tem efetividade', diz Tite
Tasso Franco , da redação em Salvador | 11/07/2021 às 11:00
Tite
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   O abatimento do técnico Tite ficou nítido após o Brasil perder o título da Copa América para a Argentina. Em entrevista coletiva após a derrota por 1 a 0, neste sábado, no Maracanã, o comandante canarinho apontou fatores nos quais foram fundamentais no período de convivência com o grupo.

"O que eu posso falar em relação à Seleção Brasileira é que ela fez esses 40 dias juntos fazendo o melhor trabalho possível, utilizando muitos jogadores importantes, tento alternâncias de movimentos táticos e escalações. A mim compete trabalhar e demonstrar no campo. A análise, com crítica ou elogio, é a critério de vocês, não meu", declarou.

Ao responder sobre o período de trabalho na competição disputada em solo brasileiro, Tite voltou a fazer críticas à organização da competição. Porém, desta vez voltou suas atenções para o mandatário da Conmebol, Alejandro Domínguez, ao falar sobre a organização do evento.

"A organização da competição, muito rápida, ficou devendo muito. Qualidade dos gramados... nós quase perdemos o Everton em um treinamento, porque o gramado trancou e ele teve luxação de dedo, foi uma exposição dos atletas em cima de pouco tempo, o que é impossível diante da grandeza da competição. Estou falando especificamente sobre o responsável, Alejandro, que é o presidente da Conmebol. Estou falando dele, por ter organizado uma competição em tão curto espaço de tempo", declarou.

"Sentimento é de reconhecimento do outro lado. Temos de olhar o outro lado, que tem essa estratégia, tem efetividade. Prefiro reconhecer o valor da vitória do adversário", disse.

Tite também criticou a conduta da marcação argentina no duelo decisivo.

"Teve um antijogo, cavar falta, não dar ritmo, estratégia de picotar no segundo tempo. Mas era uma equipe bem postada, com linha defensiva e boas peças de reposição. Tem mérito do outro lado. E temos de passar por adversidades como estas também", destacou.

O Brasil volta a campo em setembro para atuar pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Os adversários serão o Chile e o Peru.