Esporte

BRASIL sem poder de fogo empata com Equador 0x0, por ZÉDEJESUSBARRÊTO

Ali se foi aos 74 anos. Um ser humano especial, uma maravilha.
ZédeJesusBarrêto , Salvador | 05/06/2016 às 01:26
Uma seleção apática
Foto: EFE

   A seleção brasileiro do treinador Dunga não conseguiu mais que um empate sem gols no seu primeiro jogo pela Copa América Centenário, na noite alta de sábado e madrugada de domingo, horário brasileiro, contra a boa equipe do Equador. 

   A estreia brasileira aconteceu no estádio Rose Bowl, em Pasadena/Texas, local da final da Copa de 94, o Brasil Campeão, após disputa em pênaltis contra a Itália  - aquela equipe de Romário, Bebeto, Dunga, Taffarel... quem lembra?   Bom público nas arquibancadas e Neymar, de branco, marcando presença na torcida.  O Equador de amarelo e o Brasil de azul. 

  Bola rolando...

  Aos 4’, num vacilo de Gil, Bolaños pegou de fora e assustou, no primeiro lance de perigo do jogo. A resposta veio um minuto depois com insinuante jogada de William pela direita, o cruzamento rasteiro, a complementação de P.Coutinho que o goleiro equatoriano salvou no reflexo. O Brasil em cima, marcando alto, buscando mais o gol, impondo o ritmo. A boa equipe do Equador apostando no contragolpe rápido para surpreender. O jogo brasileiro fluiu melhor pela direita, com Dani Alves e William.  

  Bom primeiro tempo, movimentado, bem jogado, o Brasil melhor em campo, mas o gol não saiu. 

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  Equipes sem mudanças de volta dos vestiários. Gabi Gol em lugar de Jonas, aos 15 min, quando o jogo andava equilibrado, bem mais travado que no primeiro tempo. Aos 20, uma jogada inusitada: Bolaños chutou da linha de fundo, rasteira, e o goleiro Álisson enrolou-se com a bola, entrando com ela nas redes. Seria um frangaço, mas o árbitro anulou o lance porque, segundo ele, a bola teria saído de campo antes do cruzamento. Pela tevê ficou claro que a pelota não saiu, o Brasil foi favorecido pelo equívoco da arbitragem.  

 O Equador marcou com mais eficácia e ocupou melhor os espaços no segundo tempo. O Brasil pouco finalizou, não achou espaço. Aos 38’, após bom lançamento de Renato Augusto, Lucas penetrou rápido e raspou de cabeça tirando do goleiro mas a bola queimou a trave, não entrou. Saiu Elias para entrada de Lucas Lima, aos 40’. 

  O Brasil foi melhor no primeiro tempo, mas o Equador equilibrou e ameaçou mais na segunda etapa. Faltou objetividade e poder de decisão a ambos. Daí o empate justo.    

  

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  Atuações:

 O goleiro Alisson atuava com segurança até a jogada bisonha do segundo tempo, quando atrapalhou-se com a pelota e falhou feio, na segunda etapa, fazendo gol contra que o árbitro não validou, equivocadamente, pra sorte dele; nas laterais, Daniel foi mais ousado que Filipe. Na zaga, o bom passe de Marquinhos, tranquilo e o Gil firme, xerifando. Cassemiro jogou como titular; Elias destoou; Renato Augusto mostrou pouco brilho; ótimo primeiro tempo de William, substituído aos 30’ por Lucas; Jonas pouco produziu até dar lugar a GabiGol, que pouco apareceu     ; e P.Coutinho com poucos lampejos.   Sim, Neymar, pelo seu poder de finalização, decisivo, faz falta.

 O Equador é um time forte, bem treinado, que marca bem e tem velocidade no ataque; difícil de ser batido. 

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   Antes, pelo mesmo Grupo  B do Brasil, Haiti 0 x 0 Peru, em Seatle. Jogo pegado, intenso até o final, muita correria e pouca técnica. Ganhou o time mais rodado, o Peru, com gol do artilheiro Paolo Guerrero, na segunda etapa, numa cabeçada de peixinho. 

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   A abertura da Copa América Centenário foi na noite de sexta, na Califórnia, com a partida Colômbia 2 x 0 EUA, gols de Zapata – o primeiro da Copa, em belo estilo - e James Rodrigues cobrando pênalti.  Deu o esperado, venceu o talento.  A equipe americana marca muito, é forte fisicamente e só.   

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  A segunda partida pelo Grupo A da Copa América aconteceu no sábado à tarde/noite em Orlando: Paraguai e Costa Rica, zero a zero murrinha. Cá pra nós, jogo digno de uma Série B de no Brasileirão. Sem nota. 

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  Neste domingo, duas partidas pelo Grupo C : Jamaica x Venezuela, às 18hs, horário de Brasília; e às 21hs : México x Uruguai.

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Os dois primeiros jogos do Grupo D acontecem na segunda-feira: Panamá x Bolívia, às 20h; e às 23 hs o clássico Argentina x Chile, jogo que decidiu a Copa América passada, em Santiago, o Chile Campeão.

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 Muhammed Ali

 Morreu nos EUA, na madruga deste sábado (4 junho 2016) um dos maiores ídolos do Séc XX. Um titã, uma lenda, mito, excepcional atleta, o maior boxeador de todos os tempos. Cassius Marcellus Clay, o Muhammed Ali. Um rebelde, contestador, libertário de inteligência fina e língua afiada. 

  Ninguém jamais como ele sobre um ringue, ninguém. Ali bailava, jogava, brincava, dava show de esquivas e técnica, sem precisar de força, só no jeito, desafiador e preciso. Era um colosso. Fez do boxe poesia. 

  Dizia, sem modéstias, que voava como borboleta e picava como abelha. Sim.

  Ao lado de Pelé (eram amigos, Pelé o reconhece como ídolo e herói), eleitos os maiores atletas do Século passado. Inigualáveis.

  Ali se foi aos 74 anos. Um ser humano especial, uma maravilha.

  Aos que sabem pouco dele recomendo que vejam o filme documentário “Quando éramos Reis”, premiado com Oscar e narrado pelo escritor Norman Mailler – tudo sobre a luta  entre o Campeão e George Foreman, na África, talvez a maior luta de boxe de todos os tempos por todos os significados dela dentro e fora do ringue. 

  Entristecido. O balé de Ali me fez gostar de boxe. Era belo.