Próximo jogo do Vitória é contra o Atlético MG
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
22/05/2016 às 18:20
Jogadores do Vitória comemoram gol
Foto: ECV
Fazendo um segundo tempo como o torcedor gosta, o Vitória venceu de virada o Corínthians, atual campeão brasileiro (3 x 2), quebrando um tabu que durava desde o século passado, de 1996. Bom jogo, ótimo resultado para o rubro-negro baiano, o Leão fazendo seus primeiros três pontos na segunda rodada do Brasileirão/Série A.
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Um Barradão com público apenas razoável para a qualidade do espetáculo e uma tarde domingueira límpida: menos de 13 mil pessoas nas arquibancadas. O rubro-negro com um novo padrão em vermelho e preto, camisas com listras horizontais.
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Gols perdidos
No rolar da bola, o Vitória botou pressão, tentando surpreender, provocando escanteios e pondo o goleiro Valter para trabalhar. Mas, antes dos 10 minutos o time paulista já dava a resposta. Primeiro, com Marquinhos Gabriel ganhando da defesa, em linha burra, e cara a cara tentou cobrir o goleiro Fernando Miguel, que ficou com a bola. Dois minutos depois, André recebeu livre, mas bateu em cima do goleiro. Na cobrança do escanteio, Felipe cabeceou com perigo. Aos 14’, Geovane Augusto recebeu livre na área mas bateu por cima, desperdiçando. Um Corínthians melhor em campo, atacando mais, perdendo chances de gol.
Aos 26’, o lateral Uendel recebeu livre nas costas de Ze Uélison, penetrou, bateu rasteiro, enviesado e Fernando Miguel aceitou : 1 x 0. Aos 29’, numa jogada individual truncada, Leandro Domingues ganhou a dividida, tentou da entrada da área e acertou o canto, empatando: 1 x 1. Aos 38’, em nova jogada de fundo pela esquerda do ataque paulista, a bola foi cruzada rasteira, a defesa dormiu e o lateral Fagner, livre na pequena área, completou, desempatando: 2 x 1. Aos 46’, num contragolpe puxado pela esquerda, Elias completou de frente, para fora, perdendo a chance de ampliar.
Foi um movimentado primeiro tempo, ofensivo. Um rubro-negro até insinuante na frente, porém oferecendo muitos buracos defensivos, por onde os corintianos penetraram com facilidade e poderiam ter feito mais dois ou três gols, que fizeram falta no final.
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A virada do Leão
O time baiano voltou dos vestiários buscando o empate, forçando o ataque diante da torcida Imbatíveis. Uma outra postura dos rubro-negros: marcando melhor no meio campo e explorando a velocidade pelas laterais, em contragolpes.
Aos 3’, Marinho arrancou na velocidade pela direita e bateu forte para defesa de Valter. Aos 10’, Mancini trocou Zé Uélison, uma avenida, por Norberto. Aos 11’ o rubro-negro empatou: Vander levou na velocidade pela esquerda, cruzou, Uendel cortou mal, Marinho levou no ombro e bateu de cara: 2 x 2. Aos 19’, com a defesa corintiana adiantada, Leandro Domingues enfiou e Kieza entrou livre, de cara: 3 x 2, virando o placar. Um Vitória diferente, jogando com mais garra e esperteza.
Aos 25’, Tite mudou: saiu Marquinhos Gabriel e entrou Marlone . Aos 26’, bola cruzada da direita, Marlone testou livre para fora. Aos 30’ Tiago Real substituiu o cansado Leandro Domingos. Mancini pondo mais pegada no meio campo baiano. No lado paulista, entrou Romero em lugar de Geovane Augusto. Aos 33’, lançado em profundidade, Romero ganhou na velocidade da zaga e na saída de Fernando Miguel bateu mal, pra fora. Aos 34’, Luciano testou na pequena área e Fernando Miguel salvou, de joelho. Aos 35’, Kieza machucado saiu, dando lugar a Dagoberto. O Vitória postou-se todo na defesa, dai por diante, garantindo o resultado, a torcida em festa.
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Destaque no Vitória para o treinador Mancini, pelo bom trabalho de vestiário, mudando o panorama da partida na segunda etapa, corrigindo o posicionamento defensivo, marcando duro no meio campo e explorando os flancos nos contragolpes.
Boas defesas de Fernando Miguel, a luta de Amaral, a lucidez de Leandro Domingues, a velocidade de Vander, bom trabalho do avante Kieza e Marinho, decisivo, perturbador.
O Corínthians abusou de perder gols no primeiro tempo e morreu, foi envolvido na segunda etapa, sem mostrar poder de reação.
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O próximo jogo do rubro-negro em casa será contra o Atlético (MG), na Fonte Nova.
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A tocha no Jegue
Na Bahia, a terra dos precedentes, a Tocha Olímpica (Olimpíadas Rio de Janeiro/2016, em agosto) andou de jegue. Lá no sudoeste. Espero que tenha apreciado o balanço do passeio. Quanto ao jegue, nem aí pra ela.