Réu confesso e colaborador das investigações do FBI no escândalo da Fifa, o ex-secretário-geral da Concacaf, Chuck Blazer foi banido do futebol. Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, o Comitê de Ética da Fifa informou que o ex-dirigente está proibido de participar de quaisquer atividades envolvendo o esporte por causa dos seus “muitos, repetidos e contínuos atos de falta de conduta durante o seu período” como dirigente da Concacaf e da Fifa.
“Em suas posições como um executivo de futebol, ele foi uma peça chae em esquemas envolvendo a oferta, aceitação, pagamento e recebimento de dinheiro não divulgados e ilegais, subornos e propinas, bem como outros esquemas para fazer dinheiro”, disse a entidade.
Blazer, de 70 anos, é um personagem central nas investigações da Justiça e da polícia americana. Ele é alvo de dez acusações, incluindo suborno, lavagem de dinheiro e evasão fiscal.
Até o momento em que foi preso, o dirigente, que , em referência às propinas que recebia em suas investigações. Depois de sua prisão, o ex-dirigente resolveu fazer um acordo de delação premiada e passou a colaborar com as investigações, revelando detalhes das transações em que esteve envolvido e até fazendo gravações com dirigentes investigados pelo FBI. Em troca, Blazer evitou uma pena que poderia chegar a até 75 anos de prisão.
Nos seus depoimentos, Blazer admitiu a prática de suborno na Fifa envolvendo a escolha de sedes da Copa do Mundo. Inclusive a da França, em 1998, que não vinha sendo investigada. Blazer ainda confirmou o pagamento de propinas a favor da África do Sul como sede do Mundial de 2010.
Com a colaboração do ex-dirigente, o FBI e a polícia da Suíça juntaram provas suficientes paraacusados de corrupção, extorsão, fraude, lavagem de dinheiro e propinas no valor de US$ 150 milhões (cerca de R$ 450 milhões).