Joseph Blatter não conteve a empolgação ao celebrar a quarta reeleição à presidência da Fifa . Nesta sexta-feira, em Zurique, o suíço venceu o príncipe jordaniano Ali Bin Al-Hussein por 173 votos a 73 no primeiro turno e, antes que a decisão fosse para a próxima etapa, conquistou o quinto mandato à frente da entidade por desistência do concorrente.

“Eu assumo a responsabilidade por trazer a Fifa de volta. Acredito que farei isto. Sou um homem persistente e muito religioso. Deus, Alá ou o que quer em que acreditemos me ajudará. Prometo a vocês que darei a Fifa em uma posição muito forte ao meu sucessor”, disse Blatter, em seu primeiro discurso após a vitória no pleito. “Let’s go, Fifa! Let’s go, Fifa!”, decretou, em tom do voz alta e com os braços unidos sobre a cabeça.

O “grito de guerra” que Blatter soltou para o planeta inteiro ouvir nesta sexta-feira, durante o 65º congresso da entidade, é emblemático dentro do atual contexto do esporte mais popular do mundo. Na última quarta, cinco executivos e sete dirigentes da Fifa foram presos na capital suíça acusados pela FBI de extorsão e corrupção .

O maior escândalo da história do futebol mundial abalou a reputação de Blatter e colocou em xeque o prestígio da Fifa. Tudo isto, contudo, será contornado, de acordo com o dirigente. O mandatário admitiu que há falhas na entidade e se comprometeu a resolvê-las até o fim de seu quinto mandato, em 2019.

“Não vou desafiar vocês, mas temos de resolver problemas de organização dentro da Fifa. Precisamos de maior representatividade das federações, precisamos de mais mulheres, precisamos que as vozes repercutam na Fifa. Gosto de vocês, gosto do meu trabalho. Não sou perfeito, ninguém é. Então agradeço”, decretou.