O doping de Anderson Silva no UFC não o impedirá de disputar as Olimpíadas do Rio de Janeiro no ano que vem se o atleta se classificar nas seletivas do taekwondo. Em nota, a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) informou que não pode proibir o atleta de disputar porque o exame de Anderson foi feito pela Comissão Atlética de Nevada, que não é signatária do código da agência.
Cabe a Wada liberar ou não os atletas para disputarem as Olimpíadas. Como a Comissão Atlética de Nevada não é regulamentada pela agência, ela não reconhece os dois exames em que Anderson Silva foi flagrado.
"A Agência Mundial Antidoping não proíbe o atleta de competir no Rio no taekwondo, porque o referido teste não foi conduzido por uma signatário do nosso código. A Agência Mundial Antidoping reconhece as sanções aplicadas apenas pelos signatários do código. A Wada não tem jurisdição sobre organizações que não são signatárias do código da Wada“, informou a agência.
Na semana passada, o diretor geral da Wada, David Howman, já havia dito em entrevista que o ex-campeão dos médios do UFC não seria proibido de competir em 2016, caso se classifique para os Jogos. Isso porque Anderson foi flagrado em exames antidoping que não foram realizados dentro dos códigos da Wada. Assim, o lutador de 40 anos poderá disputar normalmente as seletivas do taekwondo.
Anderson Silva foi pego em dois exames antidoping realizados em janeiro e relativos ao UFC 183. Na ocasião, foram encontrados anabolizantes no seu organismo. O lutador foi suspenso preventivamente e deve ter a sua luta alterada para No Contest (sem resultado), anulando a sua vitória sobre Nick Diaz, que também foi flagrado no exame antidoping.
O julgamento de Anderson acontecerá no mês que vem. A tendência é que ele seja suspenso por um período entre nove meses e um ano.