Romário voltou a atacar o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, nesta quinta-feira. Em entrevista exclusiva ao Terra, o deputado federal (PSB-RJ) afirmou que o mandatário "não tem a menor condição" de ocupar o cargo por conta de suas ligações com o período da ditadura militar, e se disse decepcionado com a presidente Dilma Rousseff (PT) por aceitar sentar ao lado de Marin na abertura da Copa das Confederações, em Brasília.

"Esse presidente que está aí não tem a menor condição de comandar o futebol brasileiro. Ele está envolvido com pessoas que torturaram o ex-marido da atual presidente. E não consigo entender como a presidente tem coragem ainda, com tudo isso que passou lá atrás, de sentar ao lado de um cara desses para assistir a um jogo de futebol", criticou.

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Além da CBF, o deputado também direcionou suas críticas para a Fifa, comandada pelo suíço Joseph Blatter. Romário criticou o dirigente e afirmou que a entidade é dirigida por pessoas de "passado nebuloso".

"A CBF, junto à Fifa, são as duas instituições mais corruptas e desonestas do planeta. Esses caras deviam tomar cana, mas a Fifa vem aqui e monta um Estado dentro do nosso Estado. O presidente da CBF, que já foi político, sempre biônico, entrou porque o presidente anterior pediu demissão. Estamos nas mãos de pessoas que não têm capacidade profissional, passados nebulosos", afirmou.

"É uma tristeza. A CBF é uma empresa privada, não tem nenhum tipo de ganho em relação ao governo federal, mas ela tem isenção fiscal, usa as cores do nosso País, canta nosso hino, usa os jogadores brasileiros, que fazem a Seleção ser o que é... um MP, um TCU ou política federal teria que intervir na CBF, ou a presidente, ou o ministério do Esporte. Mas infelizmente temos que conviver com essa roubalheira".