Cresceu e muito a expectativa dos baianos para o jogo Brasil x Itália, sábado, na Fonte Nova. As duas seleções estão classificadas no Grupo A e invictas, com total aproveitamento nas duas primeiras rodadas da competição. 

O Brasil, na tarde de quarta-feira, em Fortaleza, venceu e despachou o México (2 x 0), com um show de Neymar em campo.  

À noite, os pernambucanos viram no Arenão Pernambuco um jogaço de bola entre Itália e Japão, com sete gols (4 x 3), uma atuação surpreendente dos japoneses, apoiados pelas arquibancadas, e uma Itália manhosa, vivida, que soube virar a partida e arrancar o triunfo mesmo  dominada em campo pelos tenazes orientais.

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Axé Nigéria !

Nesta quinta, às 19 horas, acontece o primeiro jogo da Copa das Confederações na nova Fonte Nova: Nigéria x Uruguai.  O Uruguai é uma equipe mais rodada, atual campeã sulamericana, campeã do mundo em 1950, com estrelas de primeira grandeza como Luis Suarez, Forlán, Lugano, Pereira ...   E a Nigéria, atual campeã  do continente africano, é uma equipe robusta, que vai certamente contar com todo o apoio da torcida, até pela secular identidade cultural dos baianos com os nigerianos. Vai ser bonito de ver esse jogo, histórico.

À tarde, nesta quinta, um bom divertimento: No emblemático Maracanã, a Espanha, bi-campeã européia e atual campeã do mundo, enfrenta a fraquíssima equipe do Tahiti, com prenúncio de goleada e passeio em campo da equipe comandada pelos astros Xavi e Iniesta.

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Enfim Neymar !!!

Na capital cearense, antes de a ‘cafusa’ rolar em campo, fora do estádio aconteceram manifestações contra os gastos do governo para a Copa do Mundo, como vem ocorrendo em outras cidades do país. Entreveros houve entre a polícia e manifestantes, bombas de gás, balas de borracha, carros incendiados, mas tudo distante do palco da Copa, como quer a Fifa e determinam os poderosos. 

     

Em campo, com o calor do nordeste e do torcedor cearense, a seleção brasileira começou arrasadora, em alta velocidade, massacrando pelo lado esquerdo com as tramas de Neymar e Marcelo. O gol saiu logo aos 9 minutos, após um bom cruzamento de Dani Alves pelo lado direito do ataque; a bola raspou na cabeça do  zagueiro e Neymar, bem colocado, apanhou de primeira, de pé canhoto, estufando as redes, noutro gol de bela feitura: 1 x 0. Parecia prenúncio de goleada, tamanho o domínio da equipe de Felipão, até os 25 minutos. Dani Alves quase faz por cobertura, Neymar esteve a pique de ampliar, mas...

O tempo foi passando e os mexicanos encaixaram a marcação, ocuparam bem o meio campo e começaram a pressionar, contragolpeando em velocidade nas costas de Marcelo. Chegaram a sufocar um pouco depois da lesão no nariz do zagueiro David Luis, sangrando muito após um choque dentro da área.  Então, viu-se que Oscar, bem marcado, sumiu em campo; que Hulk tinha dificuldades no trato com a bola e que Fred, encaixotado e paradão entre os zagueiros mexicanos, quase não viu a bola.  Ainda bem que eles não marcaram na primeira etapa.

O Brasil veio para a segunda etapa com o propósito aparente de administrar o placar. Morno, dando chutões, só arriscando nos contragolpes, apenas explorando o brilho de Neymar. Aos 10’, o menino arrancou, levou a zaga e deixou Hulk de cara com o goleiro, mas o chute do atacante saiu errado.  Aos 20’, Paulinho partiu da defesa, varou a zaga mexicana e , na entrada da grande área, serviu a Neymar que arrematou rasteiro mas o goleiro Corona espalmou a escanteio.  Os mexicanos foram todos à frente, buscando o empate a todo custo, sem êxito. Já prestes a acabar o jogo, Neymar, sempre ele, do lado esquerdo, driblou espetacularmente dois mexicanos e entregou, de bandeja, para Jô (que entrara no lugar de Fred) finalizar, fazendo 2 x 0, assim mandando o México de volta pra casa. 

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O time de Felipão não fez um grande jogo; alternou belos lances individuais com chutões. O meio campo não articulou, não trocou passes e três jogadores estiveram bem abaixo do normal: Fred, Oscar e Hulk.   A zaga suportou bem, os laterais tentaram jogar, mesmo assediados e... Neymar, enfim , arrebentou, como nos seu melhores dias. Fez gol, deu chapéu, canetas, dribles, passes, esbanjou domínio e visão acima dos normais.  Mostrou porque é o grande astro da companhia. 

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Mamma mia !!! 

A torcida pernambucana que foi ao estádio viu o melhor, o mais eletrizante jogo da Copa das Confederações até aqui: Itália 4 x 3 Japão.  Placar injusto, porque o Japão foi melhor no jogo, teve mais a bola, atacou mais, criou mais chances de gol, chegou a encurralar o adversário na maior parte do tempo. Mas, a Itália tem camisa, tem história, tem manha, conhece as malandragens da bola e do jogo. Assim conseguiu virar o placar e vencer, despachando o Japão da competição. 

O time japonês começou o jogo a uma velocidade estonteante, sufocando, sem deixar que os italianos respirassem. Aplicação, disciplina tática, marcação o campo inteiro, toques de primeira...  assim o time japonês ganhou a torcida das arquibancadas. Aos 20 minutos , depois de um vacilo do lateral  De Sciglio, Buffon cometeu pênalti em Okasaki, que  Honda bateu e fez 1 x 0.  Os japoneses não recuaram, mantiveram a pressão e, aos  32’, Kagawa pegou uma sobra na área e finalizou, fazendo 2 x 0, com os italianos apreciando, perplexos. Ainda bem que, aos 40’, Pirlo cobrou escanteio na cabeça de De Rossi, que diminuiu: 2 x 1. 

Na segunda etapa, em dois minutos, aos 4 e aos 6’, os italianos viraram o jogo: primeiro, numa jogada de fundo, pela esquerda, que o zagueiro  Uchida  fez contra, tentando impedir a chegada de Balotelli na pelota: 2 x 2. Logo após, o árbitro apitou um pênalti, numa bola na mão do zagueiro, na área japonesa: Baloteli bateu e virou: 3 x 2.  

Os japoneses não se intimidaram, foram pra cima, acuaram os italianos. Aos 25’, Okasaki, de cabeça, escorou uma falta cobrada da lateral e empatou: 3 x 3.  A Itália parecia cansada, entregue, recuada, o adversário atacando, criando chances claras de gol seguidas, Buffon defendendo,  a trave salvado por duas vezes as tentativas dos japoneses, a todo vapor, mas ...  Aos 40 minutos, num raro contragolpe mortal, pela direita, Giovinco, livre na pequena área, completou e decretou a vitória italiana, que parecia impossível.  Assim é o futebol. 

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Impressionante o que jogaram  os meias Endo, Honda e Kagawa pela equipe oriental.

Pelo lado italiano, o valeu o peso da tradicional camisa azzurra. 

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Pipoquinhas da Copa

Como foi dito e confirmado, os custos/gastos oficiais com a Copa do Mundo 2014, até agora, já chegam aos exorbitantes 28 bilhões de reais.

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Só nos estádios, as tais arenas, gastaram-se 7,6 bilhões.  A mais cara foi o Mané Garrincha , de Brasília, com superfaturamentos absurdos. 

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Com a tal (i)mobilidade urbana, foram-se 9,4 bilhões. Cadê, quem viu? BRTs, metrôs, VLTs, buzus articulados, vias exclusivas, viadutos, corredores de tráfego...   aooonde ? 

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Nos aeroportos, os custos estão em  7,4 bilhões.  O nosso Dois de Julho, antigo Ipitanga e hoje deputado Luis Eduardo Magalhães, continua uma bagaceira. Esta semana, numa chuvarada de madrugada, a água corria a enxurradas dentro das salas de embarque, lojas, salas de espera ...  Disseram que foi por causa das obras, mas é mentira. Há alguns anos, a cada temporada de chuvas, acontece o mesmo, alaga tudo, o teto não suporta o aguaceiro... uma vergonha.

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Ah, sim,  os gastos em segurança chegam a 2,1 bilhões.  Temos a postos navios, torpedeiros, aviões de caça, bombadeiros, canhões, tanques de guerra, fuzileiros, tropas, ensaios de guerra, PF, PM, PC, PRF, agentes secretos... os escambau. Tudo a mercê da Fifa. 

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Fora do esquemão/Fifa, o cidadão é assaltado, roubado, assassinado... e nem adianta procurar uma delegacia pra fazer BO. Nada dá pra ser feito ou apurado. Os traficantes deitam e rolam nos bairros e os craqueiros perambulam zumbis nas ruas.  

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Enquanto isso, manifestantes ocupam as ruas e avenidas do país inteiro diante de uma polícia despreparada, atônita, que só sabe meter bomba, bala de borracha e se proteger com escudos.  Cadê planejamento, treinamento, estratégia ? 

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Ah, ainda tem 0,7 bi para os portos e 0,4 bi para as telecomunicações. Mas os telefones não funcionam bem dentro das novas arenas e a nossa ‘banda larga’ está cada dia mais estreitíssima.  Experimente ! 

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O que mais?  Que Deus seja louvado!  Estão anunciadas várias manifestações  aqui, ali e acolá, nesta quinta, feriadão municipal, em função do jogo na Fonte Nova. Até onde  os manifestantes poderão se manifestar? Quais os limites? Como serão abordados e controlados para que não invadam a zona de segurança/FIFA ?

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Sábado, em função do jogo Brasil x Itália, casa cheia, multidão...  feriadão, o bicho vai pegar! 

Té lá !