Depois de ter uma desvantagem de dois gols no placar, o Atlético-MG arrancou para o empate contra o Vitória e passou a sensação de que conseguiria um feito histórico neste domingo. Um gol salvador de Henrique, ex-São Paulo, porém deu três pontos para os baianos, que deixaram a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, com o triunfo por 3 a 2.

O Atlético-MG seguirá mais uma rodada dentro da zona do rebaixamento, na 17ª posição, com apenas 21 pontos. Vencedor no confronto direto contra a queda, o Vitória tem agora 28 pontos e encerrou um jejum de seis jogos sem triunfo.

O drama atleticano
em Sete Lagoas

O Atlético-MG viajou até a Arena do Jacaré cheio de esperanças: afinal, além do retorno de Diego Tardelli, Vanderlei Luxemburgo tinha praticamente sua força máxima diante do Vitória. Somar três pontos diante de um concorrente direto contra o rebaixamento era ótima oportunidade para a redenção atleticana na Série A. O início, porém, mostrou que as coisas seriam mais difíceis.

Naquele que foi praticamente o primeiro lance do jogo, Elkeson apareceu livre diante de Fábio Costa. Atabalhoado nesse tipo de lance, o goleiro atleticano derrubou o rival e ofereceu um pênalti para o Vitória. O colombiano Viáfara bateu bem e inaugurou o marcador já aos 4min.

O Atlético-MG tentava partir ao ataque e abrir espaços, mas viu a tarde em Sete Lagoas ganhar contornos dramáticos aos 14min de jogo: Henrique bateu cruzado da direita, Cáceres ficou olhando e Egídio, livre, chutou por baixo de Fábio Costa.

O time da casa se mandou definitivamente e por pouco não diminuiu logo em seguida: Diego Tardelli fez jogada individual e chutou forte em direção ao gol - Obina botou a cabeça e a bola ainda bateu no travessão. A pressão atleticana foi se intensificando até os 26min, quando Anderson Martins derrubou Serginho e, por já ter cartão amarelo, acabou expulso.

Ricardo Silva tirou Elkeson e acionou o zagueiro Reniê, enquanto Vanderlei Luxemburgo trocou o lateral Diego Macedo por mais um atacante, Neto Berola. A partida definitivamente virou ataque contra defesa e Daniel Carvalho, antes do intervalo, deu esperança ao Atlético-MG. Aos 42min, ele bateu de fora da área, de direita, e viu a bola desviar na zaga e enganar Viáfara.

A segunda etapa começou e, apesar dos vários homens de frente e a superioridade numérica, o Atlético-MG encontrava dificuldades para chegar até a área do Vitória. Na melhor chance, Neto Berola apareceu livre mas preferiu se jogar atrás de um pênalti. A arbitragem mandou seguir.

Luxemburgo então foi ousado e realizou duas trocas aos 15min: entraram Diego Souza e Joedson nos lugares de Serginho e Ricardinho. As mudanças deram resultado e o gol atleticano não demorou a sair.

Em jogada com três atletas que passaram pelo Vitória, o Atlético-MG empatou. Leandro foi ao fundo e cruzou na medida para Obina, que escorou para o gol exigiu defesa milagrosa de Viáfara. O colombiano só não evitou que Neto Berola, embaixo da trave, empurrasse para dentro.

Parecia se encaminhar a virada do Atlético-MG, mas um gol inesperado colocou tudo por água abaixo. Diego Souza até havia ameaçado de cabeça, mas o Vitória arrancou para o triunfo: Schwenck dominou de costas para a marcação e ajeitou para Henrique, que invadiu a área, bateu e marcou.