Perdemos, acabou o sonho. Escrevo triste assim esses que me lêem, acredito. Por mais que tenha sido sempre uma seleçãozinha de fuleiros e esquentados volantes, mesmo assim ainda era a nossa seleção. E estávamos nas quartas já, mas tinha um tal país europeu jogando contra nós, que apesar de europeus, conseguem jogar bola como latinos, com alma, alegria.
 
Nós, a partir do momento que admitimos Dunga como treinador, nos tornamos mais europeus e menos latinos. Pensávamos que estávamos ficando mais frios e experientes ou auto-controlados, mas na verdade só conseguimos absorver a frieza européia pelo seu lado negativo, sem nenhum ganho.

Agora, acabou a copa e a segunda era Dunga, que seja a última. Não sei vocês, mas eu QUERO o fim da era Ricardo Teixeira também. Chega também desse pessoal que grande calibre que botou um grosso que pensa que é europeu para escalar nossa porra de time. Não perdemos para um time pior que o nosso, perdemos para um time superior ao nosso, com quatro atacantes que na Europa, só a Holanda poderia produzir.
Ouvi a entrevista de Dunga no final da partida. Ele falava muito que agora tinha resgatado a camisa brasileira e o orgulho dos jogadores atuarem nela. Mas o quê que adianta ter orgulho de vestir a amarelinha e cair nas quartas como foi em 2006, com os jogadores gordos e mercenários que tínhamos, não deu na mesma? Por isso que sempre direi: O futebol foi inventado para tirar o cotidiano, a desgraça da rotina na vida das pessoas, e por isso tem de ser jogado com alegria, pra frente, pro ataque!

Não sei qual será o campeão, mas a Argentina joga como o futebol merece ser jogado, com amor, ousadia, alegria. Me emocionei com a celeste uruguaia, com os seus 3,5 milhões de habitantes, como um dos quatro melhores. Raça é aquilo Dunga, não o que você tentou injetar sob as veias dos brasileiros que não vieram com isso no DNA. O Brasileiro veio com o drible, a brincadeira, a malandragem, e não valorizar isso é muita burrice.