Número animadores para a economia brasileira com queda no desemprego
Tasso Franco , Paris |
31/05/2022 às 09:30
Dados do IBGE
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A taxa de desocupação (10,5%) do trimestre móvel de fevereiro a abril de 2022 recuou 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre de novembro de 2021 a janeiro de 2022 (11,2%) e 4,3 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa é a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em abril desde 2015, quando foi de 8,1%. A população desocupada (11,3 milhões de pessoas) recuou 5,8% (menos 699 mil pessoas) frente ao trimestre anterior (12,0 milhões de pessoas) e 25,3% (menos 3,8 milhões de pessoas desocupadas) em relação ao mesmo período do ano anterior (15,2 milhões de pessoas).
O contingente de pessoas ocupadas foi estimado em aproximadamente 96,5 milhões, recorde da série iniciada em 2012, com alta de 1,1% ante o trimestre anterior (1,1 milhão de pessoas) e de 10,3% (9,0 milhões de pessoas) ante o mesmo período do ano anterior. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), estimado em 55,8%, apresentou alta de 0,5 ponto percentual frente ao trimestre anterior e de 4,8 pontos percentuais ante igual trimestre do ano anterior (51,1%).
A taxa composta de subutilização (22,5%) caiu 1,4 ponto percentual em relação ao trimestre de novembro de 2021 a janeiro de 2022 (23,9%) e 7,1 pontos percentuais na comparação com o trimestre encerrado em abril de 2021 (29,6%). É a menor taxa para o trimestre desde 2016 (20,1%). A população subutilizada (26,1 milhões de pessoas) teve queda de 6,0% (menos 1,7 milhão) frente ao trimestre anterior (27,8 milhões) e de 22,5% (menos 7,6 milhões) na comparação anual (33,7 milhões).
A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (6,6 milhões de pessoas) apresentou redução, em relação ao trimestre anterior, de 5,3% (menos 369 mil pessoas). Em relação ao trimestre encerrado em janeiro de 2022, a queda foi de 10,0% (menos 730 mil pessoas).
A população fora da força de trabalho (64,9 milhões de pessoas) manteve-se estável quando comparada com o trimestre anterior e caiu 5,3% (menos 3,6 milhões de pessoas) na comparação anual.
A população desalentada (4,5 milhões de pessoas) caiu 6,4% em relação ao trimestre anterior (menos 303 mil pessoas) e 24,6% (menos 1,5 milhão de pessoas) na comparação anual. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (4,0%) caiu 0,3 ponto percentual frente ao trimestre anterior e 1,5 p.p. frente ao mesmo trimestre do ano anterior, quando foi de 5,4%.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 35,2 milhões de pessoas, subindo 2,0% (690 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 11,6% (acréscimo de 3,7 milhões de pessoas) na comparação anual.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (12,5 milhões de pessoas) foi o maior da série. Este contingente apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior e teve alta 20,8% (2,2 milhões de pessoas) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,5 milhões de pessoas) manteve-se estável na comparação com o trimestre anterior, mas subiu 7,2% (mais 1,7 milhão de pessoas) no ano.
O número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões de pessoas) apresentou estabilidade no confronto com o trimestre anterior e subiu 22,7% (mais 1,0 milhão de pessoas) no ano.
O número de empregadores (4,1 milhões de pessoas) apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior e cresceu 11,2% (414 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
O número de empregados no setor público (11,5 milhões de pessoas) apresentou estabilidade nas duas comparações.
A taxa de informalidade foi de 40,1% da população ocupada, ou 38,7 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, a taxa havia sido de 40,4% e, no mesmo trimestre do ano anterior, 39,3%.
O rendimento real habitual, de R$ 2.569 no trimestre encerrado em abril, apresentou estabilidade frente ao trimestre anterior e redução de 7,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. A massa de rendimento real habitual (R$ 242,9 bilhões) cresceu frente ao trimestre anterior e ficou estável na comparação anual.
No trimestre móvel de fevereiro a abril de 2022, a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), estimada em 107,9 milhões de pessoas, apresentou aumento de 0,4% (384 mil pessoas) em comparação ao trimestre de novembro a janeiro, e acréscimo de 5,1% (5,2 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre do ano anterior. Este é o maior contingente de pessoas na força de trabalho da série.
Entre os grupamentos de atividades, frente ao trimestre móvel anterior, houve aumento no grupamento de Transporte, armazenagem e correio (3,1%, ou mais 152 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,5%, ou mais 251 mil pessoas) e Outros serviços (4,8%, ou mais 233 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
Ante o trimestre encerrado em abril de 2021, houve alta em: Indústria Geral (9,4%, ou mais 1,1 milhão de pessoas), Construção (14,6%, ou mais 940 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (13,7%, ou mais 2,2 milhões de pessoas), Transporte, armazenagem e correio (11,7%, ou mais 525 mil pessoas), Alojamento e alimentação (29,2%, ou mais 1,2 milhão de pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (4,0%, ou mais 446 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,5%, ou mais 562 mil pessoas), Outros serviços (21,4%, ou mais 903 mil pessoas) e Serviços domésticos (22,6%, ou mais 1,1 milhão de pessoas). Apenas Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura não apresentou variação significativa.