Os dados apresentados pelo balanço da ADEMI analisando o terceiro trimestre do ano de 2021, mostram que os lançamentos continuam aquecendo o mercado imobiliário. A Bahia teve um aumento de 99% nos lançamentos em relação ao trimestre anterior. Já Salvador registrou um crescimento de 589%. Os dados foram divulgados em evento online da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (ADEMI-BA), que aconteceu nesta terça-feira (26).
Entre os meses de julho a setembro, foram vendidas 2.224 unidades na Bahia, Em Salvador, foram vendidas 1.223 unidades. “Lembramos que o 3º trimestre de 2020 foi muito forte por causa de uma demanda de mercado reprimida. Tivemos uma pequena redução nas vendas, mas permanecemos fortes”, destacou o diretor técnico da ADEMI-BA, Pedro Mendonça.
Em relação aos três meses anteriores deste ano, a Bahia manteve o número de unidades residenciais vendidas, com um aumento de 2%. Já Salvador registrou um aumento de 7%. “Chegamos a um nível de venda similar ao de 2011. Tenho a expectativa de que vamos bater esse recorde porque estamos performando muito bem. Praticamente não estamos com estoque. Tudo o que se lança em Salvador, é vendido”, afirma Mendonça.
Análises de conjuntura
Além da divulgação da pesquisa, o evento teve uma palestra do Sócio Diretor da Brain Inteligência Estratégica, Fábio Tadeu Araújo, que apontou as potenciais inseguranças de um futuro próximo e fez uma análise das tendências de mercado.
De acordo com ele, as incertezas que mais interferem na decisão de compra dos consumidores no futuro próximo são: o aumento da inflação, a taxa de desemprego, os juros, a pandemia e as eleições. No entanto, esses fatores se apresentam de forma diferente para cada cliente.
Entre a classe média, a inflação é o que mais preocupa. Mesmo assim, mais de 10% de famílias com renda acima de R$ 2.500,00 reais estão demonstrando intenção de compra de imóveis”, afirma Fábio.
No caso do mercado de luxo, a principal questão é enxergar a aquisição de um imóvel como uma oportunidade de investimento seguro e lucrativo, diante da volatilidade de outras aplicações como a bolsa de valores.
Conceito-chave
Sobre a tendência dos imóveis residenciais para um futuro próximo, Fábio não acredita haver uma receita pronta ou um tipo de imóvel pós-pandemia. “Há um conceito-chave: bem-estar. Para muitas pessoas, bem-estar é ter varanda. Para outros é uma cobertura, para outros é sair de um imóvel de 80m para um de 120m. Não importa. O incorporador precisa ver o que o seu terreno permite gerar de bem-estar e trabalhar com isso. Esse é o segredo”, afirma.