A taxa de desocupação na Bahia foi de 21,3% no 1º trimestre de 2021, quebrando o recorde de 2020 e ficando no maior patamar para o estado em nove anos
Tasso Franco , da redação em Salvador |
27/05/2021 às 15:34
Imóvel aonde era um restaurante na Barra
Foto: BJÁ
A Bahia recorde na taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2021. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de desempregados no estado foi de 21,3%, o mais elevado do Brasil, empatado com Pernambuco.
Ainda segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do IBGE, o número de desempregados na Bahia também foi o maior da série histórica do estudo, que acontece desde 2012, com o registro de 1,386 milhão de pessoas em busca de trabalho.
Ao mesmo tempo, a população ocupada voltou a cair, após ter aumentado no fim de 2020, e ficou em 5,135. Os dados do instituto indicam que, no período de um ano, 565 mil pessoas deixaram de trabalhar no estado. No Brasil, a taxa de desemprego também foi a mais alta da série histórica, com 14,7% de pessoas em busca de ocupação.
A taxa de desocupação na Bahia foi de 21,3% no 1º trimestre de 2021, quebrando o recorde de 2020 e ficando no maior patamar para o estado em nove anos - desde o início da série histórica da PNAD Contínua Trimestral, em 2012. Foi mais uma vez a maior taxa de desocupação do país, empatada com a verificada em Pernambuco (21,3%) e bem acima do indicador nacional, que ficou em 14,7%, também um recorde histórico. Os dados foram divulgados pelo IBGE nessa quinta-feira (27).
A taxa de desocupação mede a proporção de pessoas de 14 anos ou mais de idade que estão desocupadas (não trabalharam e procuraram trabalho) em relação ao total de pessoas que estão na força de trabalho, seja trabalhando (pessoas ocupadas) ou procurando (desocupadas).
O novo recorde na taxa de desocupação na Bahia (21,3%) foi resultado principalmente do aumento da população desocupada, ou seja do maior número de pessoas que não estavam trabalhando e procuraram trabalho no estado.
Esse contingente chegou a 1,386 milhão de pessoas no 1o trimestre deste ano, o maior em nove anos, desde o início da série da PNAD Contínua Trimestral. Aumentou 6,9% em relação ao último trimestre do ano passado (+90 mil desocupados) e 5,7% em relação ao 1o trimestre de 2020 (+75 mil desocupados).
Enquanto a desocupação chegou a um patamar histórico na Bahia, o número de pessoas trabalhando, fosse em ocupações formais ou informais (população ocupada), voltou a cair no 1o trimestre de 2021, após ter registrado uma leve alta no fim do ano passado.
Entre janeiro e março, os ocupados somaram 5,135 milhões no estado. Isso representou menos 53 mil trabalhadores do que no 4o trimestre de 2020 (-1,0%) e uma retração de 9,9% frente ao 1o trimestre do ano passado. Ou seja, em um ano de pandemia, 565 mil pessoas deixaram de trabalhar na Bahia.