Economia

Taxa de desemprego apresenta leve redução na RMS

O contingente de desempregados foi estimado em 517 mil pessoas
SEI Bahia , Salvador | 26/09/2018 às 12:54

As informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI),apresentam que a taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Salvador teve leve redução, ao passar de 25,7% para 25,4% da População Economicamente Ativa (PEA), entre julho e agosto de 2018. Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto diminuiu de 18,1% para 17,7% e a de desemprego oculto variou de 7,5% para 7,6%.

O contingente de desempregados foi estimado em 517 mil pessoas, 2 mil a menos em relação ao mês anterior. Este resultado decorreu do crescimento no nível de ocupação (1,3%, ou mais 19 mil postos de trabalho) em número superior à elevação da PEA (0,8%, ou entrada de 17 mil pessoas da força de trabalho da região) (Tabela 1). A taxa de participação – indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – aumentou de 58,9%, em julho, para 59,3%, em agosto.

No mês de agosto, o nível de ocupação cresceu 1,3%, sendo estimado em 1.519 mil pessoas. Segundo os setores de atividade econômica analisados, houve crescimento no número de ocupados na Indústria de transformação (7,5%, ou geração de 7 mil postos de trabalho), no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (1,3%, ou 4 mil) e nos Serviços (0,9%, ou 9 mil), enquanto reduziu o contingente na Construção (-5,3%, ou eliminação de 6 mil postos de trabalho).

Segundo posição na ocupação, o contingente de assalariados permaneceu relativamente estável (0,3%, ou 3 mil postos de trabalho). Este resultado deveu-se ao aumento no setor privado (1,2%, ou 10 mil) praticamente compensado pela redução no setor público (-5,5%, ou -8 mil). No setor privado, cresceu o número de empregos com carteira de trabalho assinada (1,7%, ou 12 mil) e reduziu o daqueles sem registro em carteira (-1,7%, ou -2 mil). Aumentou o número de empregados domésticos (9,1%, ou 10 mil) e o de trabalhadores autônomos (2,8%, ou 9 mil) e reduziu o contingente do agregado outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares, donos de negócio familiar, etc. (-2,9%, ou -3 mil).

Entre junho e julho de 2018, houve relativa estabilidade no rendimento médio real dos ocupados (0,1%) e acréscimo no dos assalariados (0,8%). Em valores monetários, passaram a equivaler a R$ 1.467 e R$ 1.541, respectivamente.

A massa de rendimentos reais retraiu para os ocupados (-1,3%) e para os assalariados (-1,2%). Nos dois casos, as variações negativas derivaram do declínio do nível de ocupação, visto que, entre os ocupados, o rendimento médio real praticamente não variou e, entre os assalariados, elevou-se.

A Pesquisa de Emprego e Desemprego é realizada pela SEI em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), a Fundação Seade do Estado de São Paulo, a Secretaria de Trabalho do Estado da Bahia (SETRE), e conta com o apoio do Fundo de Amparo ao Trabalhador do Ministério do Trabalho.

 

COMPORTAMENTO EM 12 MESES - Entre os meses de agosto de 2017 e de 2018, a taxa de desemprego total na RMS elevou-se, ao passar de 24,1% para 25,4% da PEA. Esse resultado decorreu de aumentos na taxa de desemprego aberto (de 17,2% para 17,7%) e na de desemprego oculto (de 7,0% para 7,6%).

O contingente de desempregados elevou-se em 49 mil pessoas. Tal comportamento deveu-se ao aumento insuficiente do nível de ocupação (geração de 45 mil postos de trabalho, ou 3,1%) para absorver o crescimento da População Economicamente Ativa − PEA (94 mil pessoas ingressaram na força de trabalho da região, ou 4,8%). A taxa de participação aumentou de 57,6% para 59,3%.

Nos últimos 12 meses, o número de ocupados aumentou em 3,1%, ao passar de 1.474 mil para 1.519 mil pessoas. Setorialmente, esse resultado decorreu da expansão do nível de ocupação no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (11,3%, ou geração de 32 mil postos de trabalho) e nos Serviços (2,4%, ou 23 mil), visto que houve redução na Construção (-8,5%, ou -10 mil) e na Indústria de transformação (-5,7%, ou -6 mil).