Com informações do Estadão
Da Redação , Salvador |
21/09/2018 às 19:12
Michel Temer
Foto: EC
A economia brasileira gerou um saldo positivo de 110.431 postos de trabalho com carteira assinada em agosto, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Mais cedo, segundo a Reuters, Temer afirmou, em cerimônia no Palácio do Planalto, que o País havia criado 117 mil empregos formais, número superior ao que indicou o resultado oficial.
“Eu recebi ainda ontem (quinta-feira, 20) à noite a notícia do ministro Caio, do Trabalho, que no mês de agosto foram abertas, ou contratadas, registradas 117 mil vagas. E é claro que nós precisamos de mais. Aliás, esse índice de agosto é um índice recorde, nos últimos tempos não houve em mês algum uma abertura tão grande, uma contratação tão grande quanto se deu no mês de agosto”, afirmou o presidente.
Ainda assim, o resultado é o melhor para o mês desde agosto de 2013, quando foram gerados 127.648 empregos formais. O mês de agosto é o oitavo seguido com criação de empregos formais, de acordo com a série histórica com ajuste sazonal. O mês registrou o segundo melhor desempenho do ano e atrás apenas de abril, quando a economia gerou 127.134 empregos formais.
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“Eu recebi ainda ontem à noite a notícia do ministro Caio, do Trabalho, que no mês de agosto foram abertas, ou contratadas, registradas 117 mil vagas", afirmou Temer Foto: Alex Silva/Estadão
O resultado superou as previsões dos economistas. Entre as 20 instituições consultadas pela pesquisa do Projeções Broadcast, as estimativas de saldo positivo iam de 37.313 empregos a 88.318 postos de trabalho, com mediana de 59.950 vagas.
O resultado mensal positivo foi puxado pelo setor de serviços, que registrou a criação de 66.256 empregos, seguido pelo comércio, que acumulou 17.859 novos empregos, e a indústria de transformação, com 15.764 novos trabalhadores.
Entre os demais setores, a construção civil criou 11.800 empregos, os serviços industriais de utilidade pública ganharam 1.240 postos, o segmento de extração mineral teve 467 empregos criados e a administração pública, outros 394 novos postos. Por outro lado, o agronegócio registrou fechamento de 3.349 empregos formais no mês passado. Esse foi o único setor econômico com fechamento de empregos no mês passado.
Alta é puxada pelo setor de serviços
O setor de serviços gerou mais de 66 mil empregos no mês passado com a liderança do segmento de ensino e das empresas de administração de imóveis. De acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira, 21, pelo Ministério do Trabalho, o subsetor de ensino gerou 20.338 empregos formais no mês passado e liderou a expansão do mercado de trabalho nos serviços. Em seguida, o segmento de comércio e administração de imóveis terminou o mês com 18.074 empregos formais.
Entre os demais subsetores dos serviços, o segmento de serviços de alojamento e alimentação contratou 12.832 empregados com carteira assinada, os serviços médicos abriram 8.525 vagas e os transportes e comunicações registraram 5.576 empregos novos no mês passado.
No comércio, que terminou o mês de agosto com 17.859 novos empregos, o segmento varejista liderou a criação de postos, com 14.019 empregos. O comércio atacadista fechou o mês com 3.840 novos empregos formais.
Na indústria, que terminou o mês com 15.764 empregos novos, a liderança do movimento foi da indústria de alimentos e bebidas, com 16.926 postos de trabalho. Também foram positivo o segmento da indústria química e produtos farmacêuticos (3.750) e a indústria mecânica (2.411).
O número do segmento é maior que o dado global porque alguns segmentos demitiram, como a indústria de borracha e fumo, que perdeu 4,979 empregos, e a indústria têxtil, que demitiu 2.738 pessoas.