Economia

BAHIA já perdeu 27.594 empregos com carteira assinada só em 2016

Quanto ao saldo de emprego de janeiro a junho de 2016, enfatiza-se que a RMS fechou 29.551 postos de trabalho celetista e o interior gerou 1.957 postos de trabalho com carteira assinada.
SEI , Salvador | 27/07/2016 às 19:46
No comércio houve uma perda de mais de 11 mil vagas
Foto: BE
As informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sistematizadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), apontam que o estado contabilizou um saldo negativo de 7.976 postos de trabalho com carteira assinada em junho de 2016. Tal resultado expressa a diferença entre o total de 43.332 admissões e 51.308 desligamentos. O saldo registrado em junho situou-se em um patamar superior ao contabilizado em igual mês do ano anterior (-9.124 postos), e inferior ao do mês de maio de 2016 (-5.614 postos), incluindo as declarações fora do prazo.

Setorialmente, seis segmentos exibiram saldos negativos na Bahia em junho: Serviços (-4.462 postos), Construção Civil (-1.984 postos), Comércio (-823 postos), Indústria de Transformação (-545 postos), Extrativa Mineral (-222 postos) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (-75 postos). Em contrapartida, dois setores absorveram trabalhadores celetistas: Agropecuária (+84 postos) e Administração Pública (+51 postos).

No acumulado dos últimos seis meses, seis setores de atividade registraram saldos negativos, destes, o destaque negativo foi para o setor de Serviços (-13.791 postos), seguido por Comércio (-11.887 postos), Construção Civil (-9.670 postos), Indústria de Transformação (-1.747 postos), Extrativa Mineral (-611 postos) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (-257 postos). Os setores que apresentaram saldos positivos foram: Agropecuária (+7.942 postos) e Administração Pública (+2.427 postos).

Análise regional – A Bahia (-7.976 postos) ocupou a 9ª posição no saldo de postos de trabalho dentre os estados nordestinos e a 23ª posição no Brasil, em junho de 2016. Na Região Nordeste, sete estados apresentaram saldos negativos. O estado com o menor saldo foi a Bahia (-7.976), seguida por Pernambuco (-2.877 postos), Ceará (-1.926 postos), Rio Grande do Norte (-1.163 postos), Alagoas (-904 postos), Paraíba (-847 postos) e Sergipe (-647 postos). Piauí (+101 postos) e Maranhão (+17 postos) criaram posições de trabalho com carteira assinada.

Acumulado do ano – No acumulado dos seis últimos meses, a Bahia apresentou um saldo de emprego da ordem de -27.594 postos de trabalho, levando-se em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo. Este resultado fez com que o estado ocupasse a 23ª posição no país e a sétima no Nordeste no que diz respeito à geração de empregos com carteira assinada. Na derradeira posição na região nordestina ficou Pernambuco (-52.717 postos), seguido por Alagoas (-32.496 postos), Bahia (-27.594 postos), Ceará (-24.948 postos), Rio Grande do Norte (-15.824 postos), Paraíba (-13.803 postos), Maranhão (-13.275 postos), Sergipe (-12.277 postos) e Piauí (-8.103 postos). Todos os estados nordestinos totalizaram saldo negativo no acumulado de janeiro a junho de 2016.

Análise RMS e Interior – Os dados referentes aos saldos de empregos distribuídos no estado em junho de 2016 apontam que o resultado do emprego foi negativo tanto na RMS quanto no interior. De forma mais precisa, na Região Metropolitana de Salvador foram encerrados 6.282 postos de trabalho, e o interior fechou 1.694 posições celetistas.

Quanto ao saldo de emprego de janeiro a junho de 2016, enfatiza-se que a RMS fechou 29.551 postos de trabalho celetista e o interior gerou 1.957 postos de trabalho com carteira assinada.

Entre os municípios com mais de 30 mil habitantes que tiveram os menores saldos de empregos em junho de 2016, ressaltam-se Salvador (-3.054 postos), Lauro de Freitas (-2.377 postos) e Itamaraju (-808 postos). Em contrapartida, Juazeiro (+707 postos), Casa Nova (+470 postos) e Santo Estevão (+229 postos) se destacaram na criação de novas oportunidades de trabalho formal na Bahia.