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SICM , BAHIA |
14/05/2014 às 18:36
Planta visitada pelo embaixador alemão, pelo presidente DA bASF e pelo sec James Correia
Foto: SICM
O embaixador da Alemanha, Wilfried Grolig, e o presidente da BASF para a América do Sul, Ralph Scheens, visitaram nesta quarta-feira (14.05) a planta do complexo acrílico da BASF, em Camaçari, em companhia do secretário da Indústria Comércio e Mineração, James Correia, e do subsecretário da pasta Luiz Gonzaga de Souza.
Com investimentos de R$ 1, 2 bilhão, o complexo já está com seus principais equipamentos instalados, entre eles a coluna principal da nova planta de ácido acrílico, com 64,3 metros de altura e 456 toneladas. O início da produção deverá ocorrer no final deste ano.
“Trata-se do maior investimento na história da Basf na América do Sul. Aqui vamos fabricar em escala global ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes (SAP), com fornecimento para a indústria de higiene pessoal, químicos para construção civil, resinas acrílicas para tintas, adesivos e tecidos”, explicou Scheens.
Já o embaixador alemão destacou a importância da economia da Bahia e de toda a região Norte/Nordeste para os investimentos das empresas da Alemanha. “Sempre digo aos empresários de meus país: conheçam o Brasil que existe além do Rio e de São Paulo. No Norte/Nordeste e, especialmente na Bahia, o potencial de crescimento é ainda muito maior, porque o consumo ainda é baixo, mas o poder de compra cada vez mais aumenta”, disse Grolig.
Nesta fase de construção, a empresa está gerando cerca de 5 mil empregos, e no início das atividades produtivas, que está previsto para final de 2014, serão criados 230 postos diretos e 600 indiretos. Atualmente, 30 operários da planta baiana de ácido acrílico estão em treinamento nas fábricas do Texas, Estados Unidos, e da Antuérpia, Bélgica.
“A Bahia foi escolhida em função da disponibilidade do propeno, matériaâprima que será 100% fornecida pela Braskem. Além disso, o Polo Industrial de Camaçari tem ótima infraestrutura logística e temos uma boa qualidade de mão-de-obra que está sendo treinada pelo SENAI-BA”, explica Holger Herbst, diretor industrial do Complexo Acrílico da BASF.
Além de assegurar o fornecimento de matériaâprima para importantes produtos, a nova planta industrial da BASF traz outras vantagens econômicas para o Brasil. “A estimativa é que o investimento gere impacto positivo na balança comercial do País em aproximadamente US$ 300 milhões ao ano, sendo US$ 200 milhões por meio da redução de importações e US$ 100 milhões em função do aumento das exportações”, diz o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia.
PLANTAS INTEGRADAS
O complexo BASF será composto de três plantas integradas e modernas — ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes. “A unidade de ácido acrílico é o coração do complexo porque recebe a matériaâprima, o propeno, que vem da Braskem”, explica Holger. O propeno, também chamado propileno, é um hidrocarboneto insaturado, apresentandoâse normalmente como um gás incolor e altamente inflamável.
Depois de transformado, o ácido acrílico percorre dois caminhos. Primeiro, vai para a unidade de superabsorventes, componentes ativos para produtos de higiene pessoal. O polímero superabsorvente tem a função de absorver e reter líquido, que, em contato com o produto granulado, vira um gel. A principal aplicação dele é em produtos para higiene: fraldas descartáveis infantis, fraldas para incontinência urinária e higiene feminina.
O segundo destino do ácido acrílico é a unidade de processamento de acrilato de butila, utilizado para produzir adesivos, químicos para construção e tintas decorativas. Os processos das fábricas serão contínuos — elas funcionarão 24 horas por dia, sete dias por semana.