A assinatura do termo aconteceu na sede da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (Sicm)
SICM , Salvador |
22/11/2012 às 12:23
Delegação de indianos com o secretário James Correia, da SICM
Foto: DIV
Quinto produtor brasileiro de bens minerais, a Bahia vem atraindo o interesse de grandes grupos do setor de mineração. Depois de empresas do porte da Bamin (Cazaquistão), Yamana Gold (Canadá) e Mirabela (Austrália) se instalarem no estado, agora é a vez da NMDC e da Moil (ambas da Índia) iniciarem estudos para a exploração de minério na Bahia.
O primeiro passo foi dado pela NMDC, com a assinatura do termo de cooperação com a Zamim para o início dos estudos que levarão a instalação de uma fábrica na Bahia. Também indiana, a Zamim foi a responsável pelo projeto de instalação da Bamim no município de Caetité, sudoeste do estado.
A assinatura do termo aconteceu na sede da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (Sicm) e contou com a presença de representantes do Ministério do Aço da Índia. A Bahia foi escolhida pelos indianos para iniciarem seus investimentos no Brasil devido ao enorme potencial mineral do estado, disse James Correia, secretário da Indústria, Comércio e Mineração.
Segundo Paulo Guimarães, superintendente de Desenvolvimento Econômico da Sicm, a NMDC tem um projeto para a exploração e pelotização de minério de ferro e produção de aço, enquanto a Moil se interessa pelo manganês. As duas empresas são as maiores do setor mineral na Índia, revela, destacando a importância dos investidores.
De acordo com Rafael Valverde, superintendente de Indústria e Mineração da Sicm, o setor de mineração baiano vem experimentando um grande impulso nos últimos anos. Atualmente, mais de dez empreendimentos estão sendo implantados, totalizando R$ 14,1 bilhões em investimentos, que vão gerar cerca de seis mil novos empregos, afirmou. Agora, com a chegada dos indianos, ele fica ainda mais fortalecido, disse.
Potencial baiano - A Bahia é hoje o segundo estado do país em requisições de área para pesquisa mineral - especialmente em commodities -, sendo o maior produtor brasileiro de urânio, cromo, salgema, magnesita e talco. O setor gera mais de 13 mil postos de trabalhos. Destes, 11,4 mil estão no interior (região do semiárido) e o restante na Região Metropolitana de Salvador (RMS).