Economia

Ação social implantada em Angola tem como inspiração a Odebrecht

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| 29/09/2012 às 10:26
 A experiência do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade do Mosaico de Áreas de Proteção Ambiental do Baixo Sul da Bahia (PDCIS) - fomentado pela Fundação Odebrecht em parceria com Poder Público, iniciativa privada e sociedade civil - está servindo como modelo para projetos sociais apoiados pelas empresas da Organização Odebrecht. Exemplo disso é a criação do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Econômico e Social (PADES) na Província de Lunda Sul, localizada em Angola, no continente africano.

A iniciativa, inspirada no PDCIS, busca ampliar as oportunidades de trabalho, renda e educação na região. "É um sonho que está para se realizar. O que devemos fazer é cuidar deste projeto como se fosse nosso, fazer com que daqui saiam experiências que sejam replicadas por todo o país", diz Cândida Narciso, Governadora da Província, que é formada pelos municípios de Cacolo, Dala, Muconda e Saurimo e reúne cerca de 130 mil habitantes.

O PADES é fruto de uma parceria entre o Governo de Lunda Sul e a Sociedade Mineira de Catoca - empresa angolana formada pela Odebrecht, Alrosa, Daumonty e Endiama, que trabalha na prospecção, exploração, recuperação e comercialização de diamantes. "Catoca julga que, com a assessoria que tem da Fundação Odebrecht, será possível alcançar os resultados esperados: desenvolvimento social sustentado por meio da geração de trabalho, melhoria de renda da população e aumento da produtividade local", assegura Cesar Marianetti Braga, Diretor de Organização e Pessoas de Catoca.

Mauricio Medeiros, Presidente Executivo da Fundação Odebrecht, ressalta a importância desse movimento e o espírito de servir da Fundação em apoio os Líderes Empresariais da Organização, os responsáveis por todo o processo. "Buscamos consolidar um modelo de desenvolvimento e crescimento integrado passível de reaplicação em outras regiões. Essa inspiração no PDCIS demonstra como esse sonho, de sermos franqueadores de uma tecnologia social capaz de promover a inclusão produtiva, pode se tornar real", afirma. "Tivemos a oportunidade de apresentar a lógica da Aliança Cooperativa e aprovamos o início de um trabalho que nasce influenciado pelos resultados do Baixo Sul", completa Clovis Faleiro Jr., Relações Institucionais da Fundação Odebrecht e Líder do Programa Tributo ao Futuro.

Desenvolvimento Econômico e Social
O PADES foi idealizado seguindo a vertente educativa e produtiva, com estímulo à produção agrícola (mandiocultura e fruticultura) e à piscicultura. Algumas ações já estão em andamento, como a implantação da unidade de piscicultura na comunidade de Mona-Quimbundo (75 km de Saurimo), onde o Programa foi lançado, e a construção de 10 tanques, que receberam os primeiros alevinos. Dois técnicos de agricultura e pescas estão recebendo formação no Brasil, resultado da parceria entre Catoca e Fundação Odebrecht.

Paulo Garcia e Mendes de Oliveira estão acompanhando há um mês as atividades diárias da Cooperativa de Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (Coopatan) e da Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves (CFR-PTN) - instituições ligadas ao PDCIS que formam a Aliança Cooperativa Estratégica da Mandioca e Fruticultura. "Conhecemos o processo de multiplicação rápida da mandioca. Até então, não tínhamos acesso a essa tecnologia", comenta Garcia. Oliveira é só elogios. "Percebemos que eles não têm medo de compartilhar os conhecimentos. Essa experiência está sendo muito significativa. Estou aprendendo novas formas de plantio e manutenção de diversas culturas", comemora.