Economia

Economia brasileira cresce 0,4% no 2º trimestre de 2012, mostra IBGE

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| 31/08/2012 às 10:26

A economia brasileira cresceu 0,4% no segundo trimestre (de abril a junho) de 2012 em relação aos três primeiros meses de 2012, segundo informou, nesta sexta-feira (31) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, a soma de todas as riquezas produzidas pela economia no período alcançou R$ 1,1 trilhão.

A previsão do Banco Central era de que o crescimento da economia no primeiro trimestre, em relação ao imediatamente anterior, fosse de 0,38%, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do BC, o IBC-Br - um indicador criado pela autoridade monetária para tentar antecipar o resultado do PIB.

Entre os setores analisados pelo IBGE, na comparação com o trimestre anterior, a maior alta foi registrada pela agropecuária, que teve crescimento de 4,9%. O setor de serviços também registrou avanço, porém, mais leve, de 0,7%. Já a indústria recuou 2,5%.

No setor de serviços, tiveram destaque as atividades de intermediação financeira e seguros (1,8%), serviços de informação (1,0%), administração, saúde e educação pública (0,8%) e outros serviços (0,8%).

Gráfico setores (Foto: Editoria de arte/G1)

Único setor a registrar queda, a indústria mostrou baixa em três das quatro atividades pesquisadas, puxada pelo recuo de 2,5% da indústria de transformação, seguida por extrativa mineral (-2,3%) e pela construção civil (-0,7%). Em eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, foi verificada alta de 1,6%.

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Ainda na comparação com o trimestre anterior, pela ótica do gasto, foi visto avanço tanto das despesas de consumo da administração pública (1,1%) quanto de consumo das famílias (0,6%). Na contramão, dentro da demanda interna, a formação bruta de capital fixo (que sinaliza os investimentos na economia) caiu 0,7%. Quanto ao setor externo, as importações de bens e serviços avançaram 1,9% e as exportações recuaram 3,9%.

PIB países (Foto: Editoria de arte/G1)

Comparação com 2011
Em relação ao segundo trimestre do ano anterior, a economia brasileira cresceu 0,5%. O destaque ficou com a agropecuária, a exemplo, do que foi visto na comparação mensal. "Este resultado pode ser explicado pelo desempenho de produtos da lavoura com safra relevante no 2º trimestre e que apresentaram crescimento nas estimativas de produção anual e da produtividade", disse o IBGE, em nota. 

O serviços também cresceu, 1,5% sobre o segundo trimestre de 2011. A maioria das atividades que compõem o setor apresentou altas, com destaque para administração, saúde e educação pública (3,3%), e serviços de informação (2,6%). O comércio, que costumava puxar para cima o desempenho do setor, teve ligeiro avanço, de 0,2%.

Seguindo o desempenho visto na passagem do primeiro trimestre para o segundo, a indústria também caiu - um pouco menos - 2,4%. Entre as atividades analisadas, a indústria de transformação teve a maior baixa, de 5,3%. O IBGE explica que o resultado foi influenciado, principalmente, pela queda da produção de materiais eletrônicos e equipamentos de comunicações e veículos automotores, entre outros.

Sob a ótica da demanda interna, o consumo das famílias cresceu 2,4%, puxado pelo aumento dos salários e do crédito. Essa foi a 35ª variação positiva seguida nesse tipo de comparação. O consumo da administração pública cresceu ainda mais, 3,1%.

A formação bruta de capital fixo mostrou forte queda de 3,7% sobre o segundo trimestre de 2011. A produção interna de máquinas e equipamentos caiu e influenciou negativamente os investimentos. Nessa base de comparação, sob a ótica externa, as importações de bens e serviços cresceram 1,6% e as exportações caíram 2,5%.

Investimento e poupança
No segundo trimestre, a taxa de investimento foi de 17,9% do PIB. A taxa ficou abaixo da registrada no mesmo período de 2011(18,8%). A queda foi puxada pelo desempenho da formação bruta de capital fixo no trimestre, de acordo com o IBGE. A taxa de poupança ficou em 16,9%, depois de registrar 19% no segundo trimestre de 2011. (G1)