Economia

SETPS QUER AUMENTO ÔNIBUS E PREFEITURA DIZ QUE FARÁ REAJUSTE TÉCNICO

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| 28/05/2012 às 12:07
SETPS quer R$3.15 e Prefeitura analisa as planilhas dos custos
Foto: BJÁ
(Atuliuzada às 21h)

Em relação à solicitação encaminhada pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (Setps), à Secretaria Municipal de Transportes e Infraestrutura (Setin), para a concessão de reajuste da tarifa de ônibus na Capital, a Prefeitura Municipal de Salvador esclarece que tal solicitação será objeto de estudos técnicos, no sentido de ser avaliada a sua pertinência ou não.  

Ressalta-se que a avaliação terá como referência exclusivamente parâmetros técnicos que demonstrem a efetiva necessidade ou não da concessão do reajuste, como forma de assegurar o funcionamento do sistema de transportes públicos de Salvador, atendendo assim aos interesses maiores da população soteropolitana.  

(Matéria das 12h)
 

O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (Setps) encaminha à Prefeitura nesta segunda-feira (28) um pedido de realinhamento tarifário em caráter emergencial. A decisão foi tomada durante o final de semana, após avaliação do impacto resultante do reajuste salarial e de benefícios concedidos pela Justiça do Trabalho, na sexta-feira (25), como resultado do julgamento do dissídio coletivo dos trabalhadores rodoviários. Com a atualização salarial determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho, o custo por passageiro que já era de R$ 2,96, subiu para R$3,15.


Além do reajuste de 7,5% nos vencimentos e de 4,90% no valor do tíquete refeição, a Justiça determinou o retorno do pagamento do quinquênio, acréscimo de 5% do salário base aos trabalhadores com cinco anos de serviços efetivos e contínuos na mesma empresa. Somente com o pagamento do quinquênio, que alcança 70% dos 18 mil trabalhadores, o aumento no custo mensal fica em torno de R$ 700 mil segundo cálculos técnicos. A soma de reajuste salarial e benefícios gera um impacto da ordem de R$ 5,9 milhões mensais. Com esse realinhamento, a mão de obra, que pesava 46,7% na composição da planilha de custos, aumentou para 49,7%.


Somados, os reajustes concedidos nas campanhas salariais de 2011 e 2012 (8,0% e 7,5% respectivamente) acumulam o índice de 16,1% nos custos referentes aos salários, em um ano, com a tarifa congelada no mesmo período. Este é o segundo pedido de recomposição da tarifa solicitado pelos empresários ao município - o primeiro foi apresentado em dezembro de 2011 e indeferido pela gestão municipal.