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Nos primeiros cinco meses deste ano, as cooperativas brasileiras exportaram o equivalente a US$ 2,1 bilhões, melhor resultado desde 2005. O crescimento foi de 30%, na comparação com o mesmo período de 2010, quando as exportações das cooperativas totalizaram US$ 1,6 bilhão. Entre os principais produtos vendidos ao exterior estão café em grão e açúcar. Este crescimento reflete, também, o desenvolvimento das grandes cooperativas do agronegócio brasileiro.
Para discutir temas estratégicos da expansão e fortalecimento das cooperativas de pequenos agricultores, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a Fundação Banco do Brasil, o Sebrae e a União Nacional de Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes ) promovem, a partir de hoje, em Brasília, o Terceiro Congresso Nacional do Cooperativismo Solidário.
Segundo o presidente da Unicafes, José Paulo Ferreira, a cada ano surgem em torno de 1,6 mil cooperativas nos mais diversos segmentos da economia. Dado da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) mostra que as cooperativas empregam cerca de 300 mil pessoas. Ferreira explica que, apesar da relevância das cooperativas para atividade econômica do país, ainda existem muitas barreiras ao desenvolvimento da atividade, como a legislação, que considera desatualizada.
A legislação existente é de 1971 ( Lei 5.764) e tem como bases os cooperativismos agropecuário e de consumo, mas, hoje, a atividade é muito mais complexa. "Há aspectos da lei que já estão totalmente defasados. Existe hoje um conjunto grande de outros tipos de cooperativa que essa legislação não prevê", diz ele.
De acordo com Ferreira, uma das barreiras que a legislação impõe ao cooperativismo é o número mínimo de 20 associados para que a cooperativa seja criada formalmente, impossibilitando grupos menores de desenvolver atividades cooperadas.
Para o presidente da Unicafes, outro entrave é a legislação tributária. Segundo ele, A carga excessiva que recai sobre as cooperativas faz com que, muitas vezes, a tributação para esse segmento seja maior do que a que incide sobre uma empresa tradicional. "Hoje, o tratamento é igual", reclama.