Colunistas / A Boa Mesa
Dom Franquito

DOM FRANQUITO divide pato assado com esposa no Zum Augustiner

Prato típico alemão dos mais apreciados e que pode ser traçado com las manos à moda bávara
09/10/2015 às 19:01

​La señora Bião de Jesus havia me dito que não deixaria Munique sem comer um ganso de tanto ver os bávaros devorando esse prato típico da Baviera na Oktoberfest. 


   Ainda falei para ela que não conseguiria degustar (se é que se pode falar isso) um marreco desses sozinha. Ela então sugeriu que dividissemos o tal. Topei sabendo que não era para mim uma boa pedida.

   Mas, ai daquele que não satisfizer o desejo da mulher. Pode, na melhor das hipóteses, ficar com dor de consciência.

   Daí que depois de conhecermos a tocata de carrilhões na fachada da Prefeitura da cidade, ponto turístico que atrai milhares de pessoas todas as horas para ver os reis magos e outros dançando ao tilintar das horas, fomos a feira livre no centro velho da cidade, tomamos um chope num dos quiosques locais e nos divertimos vendo os alemães indo às compras nos quiosques de carnes, chouriços e patos. 

   Não almoçamos neste espaço porque o garçom que nos serviu tomava uma sopa mastigando pedaços de pão, servia as mesas, pegava em dinheiro e seguia na sopa que me deu asco.

   Ainda perguntei a mulher se ela queria comer um pato ou um ganso noutro sitio.
 
   - É tudo a mesma coisa. Quando eu era pequena toda vez que ia a Ubatã visitar minha avó ela mandava matar um pato porque sabia que eu gostava desse prato - respondeu-me.

   - E sua avó sabia cozinhar patos?

   - Não só sabia produzir um pato assado na brasa como tinha um criatório de patos - dedilhou.

   Então seguimos a andar pelo casco antigo de Munique e fomos parar no Augustiner Zum Verschenkem, um dos restaurantes mais antigos e populares da cidade, que muita gente reclama que não é dos melhores, pero, tem charme, tem gente por todos os lados nos dois salões, e tem aquele ambiente de tabernão.

   Esse restaurante, conhecido apenas por Zum Augustiner, fica na rua principal e peatonal do casco antigo e data de 1829. Haja, portanto, tradição, história e uma mistureba enorme de clientes cativos locais e de turistas de todas as nacionalidades. 

   Espaços sempre lotados com capacidade para 250 pessoas e salões especiais para comemorações e reservas para mesas familia com até 25 pessoas.

   E lá estávamos nós a pedir um Pato a la plancha com albondiguilla de cor lombarda (roja) e obviamente bebericar um daqueles caneções de cerveja.

   Yo prefiro siempre la dark (escura) e la madame Bião la pilsen (clara), color de miel.

   Ficamos astuciando as coisas, uma muvuca geral, quando em pouco tempo chega o garcom com um bandejão enorme e el pato a la plancha com uma faca enfiada no peito.

   Que coisa! Quase dou risadas. Em se tratando um um prato típico, paciência. É assim que serevem o dito, espetado, como se fora 'assassinado'. 

   Fomos a ele com alguma cautela. De uma forma geral os nativos dispensam até talheres para traçar esse conviva e os come com las manos. Isso sem a menor cerimônia. E, em sendo uma familia numa enorme mesa fazem algazarra, falam alto e bebem cerveja à vontade. É uma festa. Uma celebração ao pato.

   Nosotros, menos acostumados a tal prática, fomos até delicidos com ele e cortando em tiras para saboreá-lo. 
Dizer que estava excelente seria zombar. Estava de razoável a bom. 
 Solicitei mais uma dark para encarar o pato ou ganso. A essa altura nem saberia dizer mais que bicho era.

   O Restaurante Zum Augustiner provavelmente é o mais famoso e típico do centro de Munique e vale a pena conhecê-lo caso você esteja ou vá nesta cidade.

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Restaurante Zum Augustiner
Neuhauserstr 27
80331 Munique, Alemanha
Fone 089 23 183 257
www.augustiner-restaurant.com
mail@augustiner-restaurant.com
Pato a la palca 19.5 euros
Bier dark 3.5 euros
Bier pilseon 3.3 euros
Tem cardápios em alemão, russo, inglês e espanhol
Aceita Visa e American dentre ouros cartões
Classificação 3 DONS