Direito

Cresce o número de brasileiros barrados em aeroportos europeus

Na América Latina os brasileiros são os mais barrados
NF , RJ | 04/08/2017 às 17:19
Barrados no baile
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  O número de brasileiros barrados nos aeroportos europeus crescer de acordo com dados publicados pela Agência de Fronteiras da Europa (Frontex). Entre  janeiro e março, o volume aumentou em 9,5% em comparação com o mesmo período de 2016. A crise econômica no Brasil e o desemprego foram os motivos citados pelos especialistas como motivo para um fluxo maior de brasileiros registrados nas fronteiras europeias. S


Sem conseguir mostrar que são meros turistas ou muitas vezes até com passaportes falsos, brasileiros são barrados nos pontos de entrada da Europa, principalmente em Portugal, na Espanha, na Inglaterra e na França.

No total, foram 923 brasileiros que foram obrigados a voltar ao país, contra 843 no mesmo período de 2016. Com esses números, o Brasil é hoje o país sem fronteira direta com o continente da Europa com o maior número de pessoas barradas, superando a China e todos os demais países latino-americanos. Os números brasileiros ajudaram a taxa de latino-americanos barrados pela Europa a voltar a preocupar as agências de fronteira do bloco. Somando o Brasil e seus vizinhos, a alta no número de recusas de entrada na Europa é de 40% em comparação a 2016.

"O número de recusas de entradas emitido para latino-americanos atingiu o maior nível em quatro anos", alertou a Frontex no informe trimestral aos governos, no final de 2016. O ano passado, portanto, terminou com 3,7 mil brasileiros barrados. Os índices de brasileiros recusados nas fronteiras europeias de fato atingem o mais alto nível desde 2011 e registravam, já no primeiro trimestre de 2016, um dos mais elevados aumentos entre todas as nacionalidades de estrangeiros.

Além dos barrados, mais de 5 mil brasileiros que já viviam na Europa foram ordenados a deixar o bloco em 2016 por estarem vivendo de forma irregular nos diversos países. O número de brasileiros nessa situação já supera o contingente de expulsões de cidadãos da Tunísia ou da Somália. A liderança entre as nacionalidades mais expulsas é a de afegãos, com 34 mil casos no ano passado, seguidos por 28 mil iraquianos. Os brasileiros aparecem na 12ª posição, superando os russos e sendo o único país latino-americano entre os principais alvos de expulsões.